Anatel amplia fiscalização e apreende mais de 1,5 mil produtos irregulares após Black Friday

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Anatel amplia fiscalização e apreende mais de 1,5 mil produtos irregulares após Black Friday

Anatel intensifica fiscalizações em centros de distribuição e apreende produtos eletrônicos vendidos sem homologação obrigatória - Foto: reprodução Anatel

Porto Velho, Rondônia - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) intensificou, neste início de dezembro, as ações de combate à pirataria em grandes marketplaces após o grande volume de vendas da Black Friday. Em fiscalizações realizadas em centros de distribuição da Shopee e da Amazon, equipes da agência apreenderam 1.587 produtos irregulares, muitos deles sem certificação obrigatória, representando mais de R$ 112 mil em mercadorias fora dos padrões legais.

Ação coordenada nacionalmente

As operações fazem parte da etapa final de 2025 do Plano de Ação de Combate à Pirataria (PACP), criado em 2018, e envolveram unidades regionais da Anatel em Pernambuco, Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. O foco é impedir que produtos eletrônicos sem homologação circulem no país, garantindo segurança ao consumidor e proteção às redes de telecomunicações.

Fiscalização na Shopee: quase 900 itens irregulares

No dia 2 de dezembro, uma equipe da Anatel-PE comandou uma operação no centro de distribuição da Shopee, em Jaboatão dos Guararapes (PE). O trabalho resultou em:
  • 1.824 produtos inspecionados
  • 864 produtos irregulares apreendidos
  • R$ 112.709,41 em mercadorias retiradas de circulação
Entre os itens bloqueados estavam câmeras wi-fi, smartwatches, amplificadores de guitarra, fechaduras eletrônicas e conversores para microfone, todos sem homologação.

A ação contou com apoio de fiscos estaduais de SP, SC e MG, reforçando a articulação nacional.

Operação na Amazon: 753 itens ilegais

No dia seguinte, 3 de dezembro, a fiscalização se concentrou no Centro de Distribuição 2 da Amazon, em Santa Maria, no Distrito Federal. A operação da Anatel-DF, com apoio da Anatel-GO, inspecionou:
  • 1.131 produtos
  • 753 mercadorias apreendidas, incluindo carregadores, cabos de rede, fones de ouvido e dispositivos de radiação restrita.
Todos estavam fora das normas de certificação exigidas para serem comercializados legalmente no país.

Riscos ao consumidor e prejuízos ao Estado

O conselheiro da Anatel, Edson Holanda, alertou que o comércio de produtos não certificados pode gerar riscos elétricos, falhas em redes de telecomunicações e até exposição indevida de dados pessoais.

Segundo ele:

“A origem duvidosa dos produtos não homologados resulta em prejuízo ao Estado brasileiro por sonegação. Os vendedores irregulares não podem ser tratados como empresas que atuam dentro da lei.”

Tecnologia acelera o combate à pirataria

A superintendente de Fiscalização, Gesiléa Fonseca Teles, destacou o uso de sistemas de inteligência de dados e da ferramenta Regulatron, que permitiram ampliar o alcance das operações em 2025.

Ela também apontou um indicador positivo:

“Observamos que os produtos regulares têm sido maioria nas operações, o que demonstra evolução no cumprimento das normas.”

As ações encerram o ciclo anual do PACP, que teve foco especial nos períodos de grande movimento comercial, como a Black Friday.

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