Porto Velho, Rondônia – A capital de Rondônia vai receber o primeiro
Hospital Universitário de Rondônia, que terá 150 leitos e atendimento gratuito
pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A criação da unidade foi viabilizada com a
assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre a Universidade
Federal de Rondônia (Unir), a Prefeitura de Porto Velho e a Empresa Brasileira
de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação (MEC).
A cerimônia ocorreu durante visita do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva à capital rondoniense, na última semana. Em discurso, ele
defendeu investimentos em educação e saúde e afirmou que pretende voltar ao
estado para inaugurar o hospital.
“E eu vou voltar aqui, se Deus quiser, para inaugurar o
hospital universitário”, disse o presidente.
Apenas três estados sem hospital universitário
Com o anúncio, Rondônia se aproxima de reduzir uma
desigualdade histórica. Atualmente, apenas três estados do Brasil não contam
com hospitais universitários, todos na região Norte: Rondônia, Acre e
Roraima.
A ausência dessas unidades compromete tanto a formação
acadêmica quanto a oferta de serviços de saúde especializados, que passam a
depender de outros centros do país.
Como funcionará o acordo
O ACT estabelece funções distintas para cada instituição:
Prefeitura de Porto Velho:
ficará responsável pela compra e doação do prédio que abrigará o hospital.
MEC e Ebserh: atuarão na
execução das obras, aquisição de equipamentos e gestão da unidade. Está
previsto um investimento de R$ 85 milhões anuais para custeio.
Unir: oferecerá apoio acadêmico e
institucional, transformando o hospital em centro de ensino, pesquisa e
extensão para cursos de saúde, como Medicina, Enfermagem e áreas afins.
A Ebserh já administra 45 hospitais universitários em todo o
Brasil, o que deve garantir suporte técnico e experiência na implantação do
novo projeto em Porto Velho.
Impacto para saúde e educação
Com a implantação, a expectativa é ampliar a capacidade de
atendimento da rede pública de saúde e fortalecer a formação de profissionais
em Rondônia.
Além dos 150 leitos, a unidade deve funcionar como campo de
estágio e pesquisa para estudantes da Unir, promovendo integração entre ensino,
assistência e inovação científica.
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