STF agenda para fevereiro julgamento dos acusados pela morte de Marielle e Anderson

A ex-vereadora Marielle Franco foi assassinada em 2018; julgamento dos acusados está marcado para fevereiro no STF - Foto reprodução Internet

Porto Velho, Rondônia - O Supremo Tribunal Federal marcou para os dias 24 e 25 de fevereiro o julgamento dos acusados de participação no assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A decisão foi tomada pelo presidente da Primeira Turma, ministro Flávio Dino, após pedido do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.

Julgamento será dividido em dois dias

As sessões foram agendadas para permitir que todas as etapas previstas sejam cumpridas. As defesas terão uma hora para suas sustentações finais. Em seguida, Moraes apresentará o relatório e o voto, abrindo a votação para os demais integrantes da Primeira Turma.

Além de Dino e Moraes, participam do colegiado os ministros Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. A quinta cadeira permanece vaga desde a migração do ministro Luiz Fux para a Segunda Turma.

Motivação do agendamento

O relator Alexandre de Moraes afirmou na quinta-feira (4) que as investigações atingiram o objetivo, após o encerramento das diligências da fase de instrução. Com isso, o processo está pronto para julgamento.

O caso, que completou sete anos em 2025, é um dos mais emblemáticos do país e envolve denúncias de atuação de uma organização criminosa.

Quem são os réus que serão julgados

Cinco acusados devem ser analisados pelo STF:

• Chiquinho Brazão – ex-deputado federal, apontado como um dos mandantes do crime. Foi preso preventivamente em março de 2024 e cumpre prisão domiciliar desde abril.

• Robson Calixto Fonseca – ex-assessor de Domingos Brazão, acusado de integrar a organização criminosa envolvida no assassinato. Preso em maio de 2024.

• Rivaldo Barbosa de Araujo Junior – delegado e ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, acusado de conspirar para o crime e obstruir a Justiça. Preso em março de 2024.

• Ronald Paulo Alves Pereira – ex-policial militar, acusado de monitorar a rotina de Marielle e repassar informações que permitiram a execução. Preso em maio de 2024.

• Domingos Brazão – conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, apontado como um dos mandantes do assassinato. Preso preventivamente em março de 2024.

Expectativa para fevereiro

O julgamento é aguardado pela sociedade civil, movimentos de direitos humanos e familiares das vítimas, que acompanham o caso desde 2018 em busca de responsabilização dos envolvidos.