Mercado financeiro aumenta projeção de crescimento do PIB e reduz expectativa de inflação

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Mercado financeiro aumenta projeção de crescimento do PIB e reduz expectativa de inflação

Sede do Banco Central, em Brasília, onde é elaborado o boletim Focus com as projeções econômicas do mercado (Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)    

Boletim Focus aponta avanço na estimativa do PIB e queda contínua da inflação, reforçando cenário de maior estabilidade econômica.

Porto Velho, Rondônia - O mercado financeiro elevou a projeção de crescimento da economia brasileira para 2025, passando de 2,16% para 2,25%, segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central. O relatório semanal também trouxe uma nova redução na expectativa de inflação para este ano, agora estimada em 4,4%.

PIB deve crescer mais em 2025 e mantém ritmo moderado nos anos seguintes

A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2026 também foi revisada, subindo levemente para 1,8%. Para 2027 e 2028, o mercado espera expansão de 1,84% e 2%, indicando expectativa de crescimento moderado e contínuo.

O desempenho da economia no segundo trimestre de 2025, com avanço de 0,4% impulsionado pelos setores de serviços e indústria, reforça a tendência de estabilidade. Em 2024, o país havia registrado alta de 3,4%, o quarto ano seguido de crescimento econômico.

Previsão para o dólar permanece acima de R$ 5

A cotação do dólar deve encerrar o ano em R$ 5,40, segundo o mercado financeiro. Para o fim de 2026, a estimativa é de R$ 5,50, influenciada pelo cenário internacional e pela política monetária dos Estados Unidos.

Inflação segue trajetória de queda e volta ao intervalo da meta

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu pela quarta semana consecutiva, alcançando 4,4% — valor que volta ao intervalo da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com tolerância entre 1,5% e 4,5%.

A redução foi influenciada pelo resultado da inflação de outubro, que registrou 0,09%, o menor índice para o mês desde 1998. O recuo foi puxado principalmente pela queda na conta de luz. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses caiu para 4,68%.

O IPCA de novembro será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima quarta-feira (10).

Selic deve continuar elevada e BC não descarta novos aumentos

A taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano, foi mantida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nas últimas três reuniões. Apesar da desaceleração econômica e do recuo da inflação, o Banco Central alertou que o cenário internacional continua incerto e que a inflação doméstica ainda está acima do centro da meta.

A expectativa do mercado é que a Selic encerre 2025 também em 15% ao ano. Para os anos seguintes, a previsão é de redução gradual:
  • 12,25% em 2026
  • 10,5% em 2027
  • 9,5% em 2028
O Copom realiza nesta terça (9) e quarta-feira (10) sua última reunião do ano.

Impacto dos juros na economia

A política de juros influencia diretamente o consumo e a atividade econômica. Quando a Selic sobe, o crédito fica mais caro, reduzindo a demanda e ajudando a controlar os preços. Quando cai, estimula produção e consumo, mas exige atenção para evitar pressões inflacionárias.
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