Cerimônia de entrega de 2.837 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida realizada em outubro de 2025 (Foto - Ricardo Stuckert/PR | Agência Brasil)Programa terá atualização das faixas de renda e manutenção dos recursos para ampliar o acesso à habitação popular
Porto Velho, Rondônia - O governo federal prevê contratar 3 milhões de moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) até o fim de 2026. A meta foi reafirmada nesta segunda-feira (8) pelo ministro das Cidades, Jader Filho, que assegurou a continuidade dos investimentos e anunciou a atualização das faixas de renda para o próximo ano.
Programa consolida ritmo acelerado de contratações
Durante café da manhã com jornalistas, Jader Filho explicou que o MCMV deve encerrar 2025 com cerca de 2 milhões de unidades contratadas desde o início da atual gestão. Para 2026, o Ministério das Cidades projeta mais 1 milhão de novas moradias, número sustentado pela disponibilidade financeira do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e pelo aquecimento do setor de construção.
“Temos hoje a segurança para dar ao mercado de que não haverá falta de recurso no Minha Casa, Minha Vida. As pessoas podem contratar, as empresas podem acreditar no programa que não terá nenhum tipo de soluço”, afirmou.
R$ 144,5 bilhões garantidos para o próximo ano
Para 2026, estão previstos R$ 144,5 bilhões do FGTS destinados a ações habitacionais, dos quais R$ 125 bilhões serão aplicados diretamente na habitação popular.
Também estão previstos:
- R$ 5,5 bilhões do Orçamento da União para subsídios à Faixa 1 urbana, ainda em análise no Congresso;
- R$ 17 bilhões do fundo da Caixa Econômica Federal para complementação de subsídios.
Faixas de renda serão atualizadas em 2026
O ministro também anunciou que as faixas de renda do programa passarão por atualização no início do próximo ano. A principal mudança será na Faixa 1, que hoje atende famílias com renda de até R$ 2.850. A expectativa é que o teto passe a contemplar quem ganha aproximadamente dois salários mínimos, ampliando o público apto a financiar imóveis.
A medida acompanha a evolução do mercado de trabalho e busca incluir famílias que não conseguem acessar crédito habitacional tradicional.
Impacto direto na economia e no setor da construção
O Minha Casa, Minha Vida segue como um dos principais motores da construção civil no país. Apenas em novembro, foram registrados 80 mil novos financiamentos, acima da média mensal de 60 mil.
Segundo Jader Filho:
“O PIB da construção civil está puxando a economia brasileira, e quem está puxando a construção civil é o Minha Casa, Minha Vida. Em São Paulo, 67% dos lançamentos são do programa”.
O governo estima manter média de 80 mil contratações mensais até o fim de 2026, fortalecendo o setor e ampliando a geração de empregos.
Unidades para classe média também serão ampliadas
Além da habitação popular, o programa pretende aumentar a oferta para a classe média. A meta é alcançar 10 mil contratações para esse público até 2026 — atualmente são cerca de 6 mil.
Eleição não deve afetar entregas, diz ministro
Mesmo com as restrições do calendário eleitoral, o ministro garantiu que o ritmo de entregas será mantido. Cerca de 60% das unidades previstas para 2026 ficarão prontas no primeiro semestre.
Para 2025, o governo projeta entregar ao menos 2 mil moradias em diferentes regiões do país. O tempo médio entre contratação e conclusão das obras varia de 18 a 22 meses.
Jader Filho também confirmou que deixará o cargo até março de 2026 para disputar uma vaga de deputado federal pelo Pará, mas assegurou que a equipe técnica manterá a continuidade do programa.
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