Operação Safe Green combate invasões e desmatamento em área de preservação ambiental em Rondônia

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Operação Safe Green combate invasões e desmatamento em área de preservação ambiental em Rondônia

Ação coordenada pelo MPRO envolve forças policiais de quatro estados e investiga grupo que teria causado destruição de 4 mil hectares na Estação Ecológica Samuel

Porto Velho, Rondônia – O Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucam/Gaema), deflagrou nesta terça-feira (28) a Operação Safe Green, com o apoio das Polícias Civil e Militar, da Polícia Técnico-Científica (Politec), da Força-Tarefa Integrada de Combate ao Crime Organizado (Fitcco), da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e dos GAECOs dos Ministérios Públicos do Paraná e Santa Catarina, além da Polícia Civil do Mato Grosso.

A operação mobilizou cerca de 150 agentes públicos para o cumprimento de medidas cautelares autorizadas pela 1ª Vara de Garantias de Porto Velho, com foco em um grupo criminoso acusado de invadir, desmatar e comercializar ilegalmente lotes dentro da Estação Ecológica de Samuel, unidade de conservação situada entre os municípios de Candeias do Jamari e Itapuã do Oeste, em Rondônia.

Esquema milionário e crimes ambientais

As investigações apontam que o grupo utilizava duas associações de fachada para dar aparência de legalidade ao esquema de grilagem, loteamento irregular e exploração econômica de área pública protegida.

Entre os crimes apurados estão:
  • dano em unidade de conservação;
  • extração e comércio ilegal de madeira;
  • impedimento de regeneração natural da floresta;
  • lavagem de dinheiro;
  • associação criminosa; e
  • invasão e ocupação de terras públicas.
Segundo o MPRO, o grupo teria provocado o desmatamento de cerca de 4 mil hectares entre 2020 e 2022, movimentando mais de R$ 6 milhões com a venda clandestina de lotes na área ambientalmente protegida.

Mandados e medidas cautelares

As ações judiciais alcançam municípios de Rondônia e de outros três estados:
  • Rondônia – Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, São Miguel do Guaporé, Itapuã d’Oeste, São Francisco do Guaporé, São Felipe d’Oeste, Candeias do Jamari e Nova Califórnia;
  • Mato Grosso – Colniza e Comodoro;
  • Santa Catarina – Pouso Redondo;
  • Paraná – Colombo.
Ao todo, foram cumpridas 28 buscas e apreensões domiciliares, veiculares e pessoais.
Também foram determinadas:
  • quebra de sigilos telefônicos, bancários e fiscais;
  • monitoramento eletrônico (tornozeleira) de cinco integrantes das associações;
  • proibição de contato entre os investigados;
  • suspensão das atividades sociais, empresariais e econômicas das entidades envolvidas;
  • interdição de acesso à Estação Ecológica Samuel.
O descumprimento das medidas poderá resultar em prisão preventiva dos investigados.
Proteção ambiental e responsabilização

De acordo com o MPRO, o material apreendido será analisado pelo Gaeco e pelo Nucam/Gaema para identificação de novos envolvidos, financiadores e fluxos financeiros relacionados à exploração ilegal da unidade de conservação.

“A Operação Safe Green representa um novo esforço institucional para estancar a destruição da Estação Ecológica Samuel e garantir a responsabilização dos autores pelos graves danos ambientais e pelo desrespeito reiterado a decisões judiciais em defesa daquela área de especial proteção”, informou o Ministério Público em nota.

A assessoria da  Gerência de Comunicação Integrada 
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