Porto Velho, Rondônia — A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou a importância de colocar a cultura no centro das decisões globais durante a reunião ministerial do G20, realizada na última quarta-feira (29), na cidade sul-africana de KwaDukuza, província de KwaZulu-Natal.
Na ocasião, foi aprovada a Declaração de KwaDukuza dos Ministros de Cultura do G20, documento que reforça o papel da cultura como eixo do desenvolvimento social, econômico e ambiental.
“Esse texto não é apenas um consenso diplomático, é um marco na história do G20 e um compromisso de ação. Ele reconhece que a cultura é essencial para o desenvolvimento das nossas identidades, do nosso passado e do nosso futuro. Temos que defender a centralidade da cultura na agenda multilateral”, afirmou Margareth Menezes.
Cultura como motor de desenvolvimento
O encontro reuniu ministros de Cultura, delegações de diversos países e representantes de organismos internacionais. Sob a presidência da África do Sul, o G20 promoveu uma pauta que valoriza a reconciliação entre tradição e modernidade, destacando a cultura como instrumento de inclusão e de fortalecimento da identidade dos povos do Sul Global.
O documento final foi estruturado em quatro eixos principais:
- Proteção e restituição do patrimônio cultural, em defesa dos direitos humanos;
- Integração da cultura nas políticas socioeconômicas, visando ao desenvolvimento inclusivo;
- Uso de tecnologias digitais para proteger e promover economias criativas sustentáveis;
- Cultura e mudanças climáticas, com foco na resposta global conjunta.
Continuidade da agenda Brasil–África do Sul
Margareth Menezes também ressaltou a parceria entre o Brasil e a África do Sul na construção da agenda cultural do G20. Durante a presidência brasileira, em 2024, foi aprovada a Declaração de Salvador da Bahia, considerada um marco para a política cultural internacional.
Com a África do Sul à frente do grupo em 2025, muitos dos temas propostos pelo Brasil continuam em destaque — entre eles, direitos autorais no ambiente digital, valorização dos trabalhadores da cultura e combate ao tráfico de bens culturais.
O Brasil participa da Troika do G20, ao lado da África do Sul (presidência atual) e dos Estados Unidos (próxima presidência), garantindo a continuidade e a coesão das políticas culturais discutidas no bloco.
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