| Brasil atinge menor taxa de desemprego desde 2012, com 5,6% em setembro; IBGE aponta recorde de empregos formais e massa salarial histórica. |
Porto Velho, Rondônia — O Brasil registrou taxa de desemprego de 5,6% no trimestre encerrado em setembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (31) pelo IBGE. O índice repete a menor taxa da série histórica, iniciada em 2012.
Em comparação com o trimestre anterior (abril a junho), a taxa caiu 0,2 ponto percentual. Já em relação ao mesmo período de 2024 (6,4%), a redução foi de 0,8 ponto. O número de pessoas desocupadas chegou a 6,045 milhões, o menor contingente desde o início da pesquisa.
“O nível da ocupação em patamares elevados nos últimos meses indica a sustentabilidade da retração do desemprego ao longo de 2025”, destacou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.
Setores que mais geraram empregos
Os setores da Agropecuária e da Construção Civil foram os principais responsáveis pelo aumento do emprego, somando mais de 500 mil novas vagas. Por outro lado, houve redução no Comércio e nos Serviços domésticos.
- Agropecuária: +260 mil pessoas
- Construção: +249 mil pessoas
- Comércio: –274 mil pessoas
- Serviços domésticos: –165 mil pessoas
Mais trabalhadores com carteira assinada
O número de empregados com carteira assinada chegou a 39,2 milhões, o maior já registrado. A taxa de informalidade ficou em 37,8%, o equivalente a 38,7 milhões de trabalhadores — mesmo patamar do trimestre anterior, mas abaixo dos 38,8% de um ano atrás.
O total de trabalhadores por conta própria foi de 25,9 milhões, enquanto os empregados sem carteira assinada somaram 13,5 milhões.
Renda e massa salarial em alta
A massa de rendimento real dos trabalhadores também atingiu novo recorde, totalizando R$ 354,6 bilhões. Já o rendimento médio real cresceu 4% em um ano, impulsionado por aumentos nos setores de Agricultura, Construção, Educação e Saúde, e Serviços domésticos.
Indicadores complementares
A taxa de subutilização — que inclui desempregados, subocupados e desalentados — caiu para 13,9%, a menor da série histórica. A população desalentada (que desistiu de procurar emprego) ficou em 2,6 milhões, menos da metade do que era em 2021.
Resumo:
- Desemprego: 5,6% (menor desde 2012)
- Desocupados: 6,045 milhões
- Carteira assinada: 39,2 milhões
- Massa salarial: R$ 354,6 bilhões (recorde)
- Subutilização: 13,9% (mínima histórica)
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