CIA recebe autorização para operar na Venezuela

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CIA recebe autorização para operar na Venezuela

Presidente dos EUA confirmou que Agência Central de Inteligência (CIA) pode conduzir operações secretas no país, incluindo ações contra grupos criminosos e atividades que podem influenciar a política local - Foto: AFP/Jim Watson

Porto Velho, Rondônia -  O anúncio de 15 de outubro de 2025, em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter autorizado operações secretas da CIA na Venezuela, elevou a tensão diplomática na região. Especialistas em inteligência alertam que a autorização pode variar desde ações discretas de coleta de informações até operações paramilitares de alto risco e esforços para influenciar a política venezuelana.

O que permite a autorização presidencial

Segundo a lei americana, o presidente pode emitir uma presidential finding, documento que autoriza ações secretas consideradas essenciais à segurança nacional e à política externa dos EUA (BBC, 2025). A aprovação não depende do Congresso, que apenas recebe notificações sobre o plano e seus riscos (BBC, 2025). Ex-agentes explicam que os parâmetros definidos na autorização podem ser restritos ou extremamente amplos, permitindo diferentes tipos de operações (Mulroy, 2025).

Tipos de operações possíveis

De acordo com especialistas entrevistados:
  • Coleta clandestina de inteligência: vigilância eletrônica, drones e satélites para mapear redes de narcotráfico e aliados do governo Maduro (Polymeropoulos, 2025).
  • Ataques contra redes criminosas: aplicação da metodologia “find-fix-finish” em líderes de organizações como Tren de Aragua e Cartel dos Sóis (Polymeropoulos, 2025).
  • Apoio a grupos opositores: fornecimento de financiamento, armas e treinamento, ou exfiltração de opositores políticos (BBC, 2025).
  • Operações de influência e desinformação: campanhas secretas para minar a confiança no governo ou reforçar líderes aliados (BBC, 2025).
  • Cenário extremo: ação direta contra autoridades venezuelanas, ainda que incerta, com potencial de gerar conflito regional (Ingram, 2025).
  • Precedentes históricos
Experiências passadas mostram que findings foram usadas para apoiar guerrilheiros na década de 1980 no Afeganistão e para operações secretas contra governos na América Latina, como na Nicarágua e Chile (BBC, 2025). Especialistas lembram que tais operações podem gerar efeitos colaterais graves, incluindo escalada militar, violações de direitos humanos e crises diplomáticas (Ingram, 2025).

Impactos e riscos
  • Escalada militar: aumento da presença de navios, aviões e forças especiais no Caribe (BBC, 2025).
  • Perdas civis: operações clandestinas podem causar mortes e violações legais (BBC, 2025).
  • Crise diplomática: risco de condenação internacional e complicações em alianças regionais (BBC, 2025).
  • Fluxos migratórios e narcotráfico: instabilidade pode agravar deslocamentos e atividades ilícitas (BBC, 2025).
A autorização da CIA para atuar na Venezuela, confirmada por Trump, abre um leque de possibilidades que vão de ações discretas de inteligência até operações de alto risco com impactos regionais. Especialistas alertam que o histórico de intervenções secretas dos EUA na América Latina indica que efeitos colaterais podem ser significativos e difíceis de controlar. 
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