Nova lei russa visa proteger crianças contra mudanças de sexo e políticas radicais identitárias. // Reprodução/Instagram

Porto Velho, Rondônia - O presidente russo Vladimir Putin sancionou legislação que proíbe a adoção de crianças russas por cidadãos de países que permitem mudanças de sexo, incluindo tratamentos hormonais ou cirurgias de redesignação de gênero. A medida, segundo o Kremlin, busca proteger crianças de práticas irreversíveis e ideologicamente motivadas, ligadas a agendas radicais identitárias.

No Ocidente, o debate sobre gênero tem gerado divisões profundas. Dados do Pew Research Center mostram que 60% dos americanos acreditam que o gênero deve ser determinado pelo sexo biológico, mas há divisões partidárias e geracionais significativas: enquanto jovens e democratas tendem a apoiar políticas woke, republicanos e conservadores são majoritariamente contrários.

Essa polarização se reflete em políticas públicas que incluem desde a proibição de tratamentos médicos para transição de gênero em menores de idade até a inclusão de categorias de gênero não-binárias em documentos oficiais.

A controvérsia também atinge o sistema de saúde. Entre 2019 e 2023, mais de 5.700 menores nos Estados Unidos passaram por cirurgias de redesignação de sexo, e outros 13.994 receberam tratamentos hormonais ou bloqueadores de puberdade, segundo o grupo Do No Harm.

A maioria desses procedimentos ocorreu em estados dominados pela esquerda, como Califórnia e Nova York, gerando um custo total de US$ 120 milhões. Ativistas como Chloe Cole, que se arrependeu de uma transição precoce, denunciam que essas práticas tratam crianças como “cobaias” em experimentos médicos.

A Rússia, que já proíbe desde 2022 a promoção de materiais LGBTQ+ para qualquer idade, ampliou as restrições para evitar que menores sejam expostos ao que Putin chamou de “ideologia woke”. No discurso oficial, a defesa é clara: “Crianças são crianças, não experimentos ideológicos”. Além disso, o governo sancionou multas de até 5 milhões de rublos contra a disseminação de mensagens que incentivem escolhas com impacto na procriação.

Fonte: O ANTAGONISTA