Comunidade judaica exige resposta rigorosa a crimes de ódio após ataque investigado como antissemita. // Reprodução/X

Porto Velho, Rondônia - A prefeitura de Chicago anunciou, nesta quinta-feira, 28, um reforço significativo nas medidas de segurança em torno de sinagogas e centros comunitários judaicos.

A decisão ocorre após um mês do ataque a tiros contra um judeu ortodoxo no bairro de West Ridge, que levantou temores sobre a vulnerabilidade dessas instituições na cidade.

O suspeito do ataque, Sidi Mohamed Abdallahi, de 22 anos, segue hospitalizado e enfrenta acusações de terrorismo e tentativa de homicídio. A investigação revelou que ele havia pesquisado locais judaicos próximos antes do crime e armazenava conteúdos extremistas em seu celular. Grupos comunitários pressionam o Ministério Público do Condado de Cook para que crimes de ódio sejam incluídos entre as acusações.

“O antissemitismo está mais forte do que nunca, e nossos líderes precisam agir para proteger nossas famílias e nossas crenças”, afirmou a vereadora Debra Silverstein, que também é membro ativo da comunidade judaica de Chicago.

A mobilização em Chicago reflete uma tendência mais ampla. Segundo organizações de direitos humanos, incidentes de antissemitismo têm crescido em todo o mundo, impulsionados pelo conflito entre Israel e Hamas. Relatórios indicam que o número de ataques contra judeus dobrou na América do Norte e na Europa desde outubro.

Grupos de monitoramento e líderes religiosos têm alertado que a resposta do poder público ainda é insuficiente. “Atos como o de Chicago não podem ser tratados como isolados. Eles são sintomáticos de uma atmosfera global de ódio que precisa ser enfrentada com urgência”, declarou o rabino Abraham Cooper, do Simon Wiesenthal Center.

Fonte: O Antagonista