Porto Velho, RO - Seis dos nove policiais militares envolvidos na operação que resultou em duas mortes na comunidade do Detran, na Zona Oeste do Recife, tiveram suas prisões em flagrantes convertidas para preventivas durante uma audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (22). Os outros três policiais detidos receberam liberdade provisória, segunda decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Os policiais que cumpriram prisão preventiva decretada são Carlos Alberto de Amorim Júnior, Ítalo José de Lucena Souza, Josias Andrade Silva Júnior, Brunno Matteus Berto Lacerda, Rafael de Alencar Sampaio e Lucas de Almeida Freire Albuquerque Oliveira. Eles serão encaminhados ao Centro de Reeducação da Polícia Militar de Pernambuco (Creed).
Durante a audiência de custódia, a Justiça concedeu liberdade provisória aos PMs Jonathan de Souza e Silva, Carlos Fonseca Avelino de Albuquerque e Valdecio Francisco da Silva Júnior. Contudo, foram decisões cautelares, incluindo comparação periódica perante o juiz responsável pelo processo, a decisão de se dirigir ao local da ocorrência e a suspensão das atividades profissionais com restrição à área interna do batalhão, sem o uso de arma de fogo.
O advogado Raimundo de Albuquerque, responsável pela defesa dos policiais, afirmou em nota à TV Globo que discorda da decisão tomada na audiência de custódia e que recorrerá. Ele alega que houve falhas no procedimento de prisão em flagrante e que aspectos legais foram desrespeitados durante a audiência.
Além da investigação criminal, a conduta dos policiais está sendo apurada pela Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS). A corregedora Mariana Cavalcanti afirmou que a purificação será realizada de forma profunda, buscando identificar possíveis excessos na ação.
O caso que resultou na morte de dois homens durante a operação no Detran gerou protestos na comunidade e levantou questionamentos sobre a atuação da polícia. A Polícia Militar alega que os homens mortos eram suspeitos de tráfico de drogas e que houve troca de tiros durante a abordagem.
Os eventos recentes de violência envolvendo a PM no Grande Recife estão sendo investigados pela Polícia Civil, e a sociedade aguarda respostas e deve responsabilização caso sejam confirmados abusos e irregularidades por parte dos agentes públicos.
Fonte: G1

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