Ministro Alexandre de Moraes e Filipe Martins, ex-assessor presidencial investigado por participação em trama golpista (Nelson Jr./SCO/STF | Arthur Max/MRE) (Alô Rondônia)Decisão do ministro Alexandre de Moraes atinge Filipe Martins, apontado como integrante estratégico do chamado núcleo 2
Porto Velho, Rondônia – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou neste sábado (27) a prisão preventiva de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi confirmada pela defesa do investigado, que afirmou que a ordem judicial foi expedida diretamente pelo magistrado.
De acordo com os advogados, após o cumprimento da decisão, Filipe Martins foi colocado em regime de prisão domiciliar, enquanto seguem os desdobramentos processuais no âmbito do STF.
ENVOLVIMENTO EM INVESTIGAÇÃO SOBRE TENTATIVA DE GOLPE
Filipe Martins é um dos réus no julgamento do chamado núcleo 2 da investigação que apura a tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder após as eleições presidenciais. Segundo a acusação, o grupo atuava de forma coordenada para sustentar politicamente e operacionalmente ações contra o Estado Democrático de Direito.
No processo, o ex-assessor foi condenado a 21 anos de prisão, sob a acusação de integrar a estrutura de gerenciamento das ações da organização criminosa investigada.
POSIÇÃO DA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA
A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que Filipe Martins exerceu papel estratégico dentro do grupo investigado. Conforme a denúncia, ele seria responsável por organizar e coordenar iniciativas voltadas a dar suporte político e operacional ao plano considerado golpista pelas autoridades.
CUMPRIMENTO DA DECISÃO PELA POLÍCIA FEDERAL
Agentes da Polícia Federal estiveram na residência do ex-assessor para cumprir a determinação judicial. A decisão ocorre um dia após a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, detido no Paraguai enquanto, segundo as investigações, tentava fugir para El Salvador utilizando documentos falsos.
As autoridades apuram eventual conexão entre os investigados no contexto das ações relacionadas à tentativa de ruptura institucional.
CASO SEGUE SOB ANÁLISE DO STF
O processo permanece sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que conduz as investigações relacionadas aos atos antidemocráticos e às tentativas de desestabilização das instituições após o resultado das eleições.
Novas decisões e eventuais manifestações da defesa ou da PGR deverão ser analisadas nos próximos dias.
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