Prova do CPNU 2 ocorre sem intercorrências e marca avanço na recomposição da força de trabalho federal

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Prova do CPNU 2 ocorre sem intercorrências e marca avanço na recomposição da força de trabalho federal

Ministra Esther Dweck detalha balanço da aplicação da etapa discursiva do CPNU 2 durante coletiva na Enap - (Foto: Agência Gov/MGI)

Segundo balanço do MGI, aplicação da etapa discursiva foi tranquila em todas as 228 cidades e consolidou ações afirmativas e novo modelo de concurso nacional.

Porto Velho, Rondônia - O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) apresentou, neste domingo (7), o balanço oficial da aplicação das provas discursivas do Concurso Público Nacional Unificado 2 (CPNU 2). A etapa ocorreu sem intercorrências e reforçou, segundo a pasta, o papel do certame na recomposição da estrutura estatal e na retomada das políticas públicas.

Avaliação indica tranquilidade e operação eficiente

Durante coletiva na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), a ministra Esther Dweck destacou que a aplicação da prova foi concluída com plena normalidade. Equipes federais e estaduais acompanharam toda a operação a partir do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), da Polícia Rodoviária Federal.

As provas foram aplicadas em todas as 228 cidades previstas, sem atrasos ou incidentes. Dos 42 mil inscritos nesta etapa, cerca de 8.500 não compareceram, percentual de 20% — considerado baixo para um concurso em duas fases. A taxa é muito inferior aos 40% registrados na primeira etapa e também menor que a observada no CPNU 1.

“Foi tudo muito tranquilo. Tivemos um dia sem nenhuma intercorrência. As provas chegaram a todos os locais e a operação foi acompanhada em tempo real”, afirmou a ministra.

CPNU se consolida como política pública estruturante

Dweck reforçou que o CPNU deixou de ser apenas uma inovação e passou a integrar de forma permanente a política pública de recomposição da força de trabalho. Ele é visto como instrumento essencial para fortalecer a presença do Estado e a capacidade de execução de serviços essenciais.

Segundo a ministra, o país chegou ao atual modelo após anos de esvaziamento da máquina pública.

“Encontramos um Estado sem capacidade de implementar políticas públicas. Faltavam pessoas, instrumentos e vontade política. O Ministério foi criado justamente para recuperar essas capacidades”, disse.

Ela também citou estudo da OCDE indicando aumento da confiança da população nos serviços públicos, que passou de 26% em 2022 para 38% em 2025, alcançando patamar alinhado à média internacional.

A ministra mencionou ainda indicadores sociais recentes, como redução da pobreza, da desigualdade e a saída do Brasil do mapa da fome. “A contratação de pessoas é essencial para isso. Não existe política pública robusta sem equipes suficientes e qualificadas.”

Chamadas e reposição de vagas avançam em ritmo acelerado

Sobre o CPNU 1, Dweck informou que todas as 6.640 vagas já foram providas, incluindo novas chamadas do cadastro reserva. Com o CPNU 2 e outros concursos autorizados, o governo deve registrar cerca de 22 mil novos ingressos na administração federal entre 2023 e 2026 — número que não inclui universidades e institutos federais.

Ações afirmativas alteram cenário da classificação

A ministra também destacou o impacto da política afirmativa de ampliação da presença feminina e de grupos historicamente sub-representados. 

Dos 42.499 convocados para a prova discursiva:
  • 57,12% são mulheres
  • 14.600 pessoas negras
  • 634 indígenas
  • 616 quilombolas
  • 4.198 pessoas com deficiência
Dweck comparou a diferença gerada pela equiparação de gênero:

“Sem a regra, haveria predominância masculina. Com a política, atingimos equilíbrio.”

No cargo de Analista Técnico de Justiça e Defesa, por exemplo, antes da equiparação havia 1.490 homens e apenas 888 mulheres classificados para a segunda etapa. Após a aplicação da política, o percentual foi igualado em 50% para cada gênero, com mais de 500 mulheres adicionais chamadas.

Segundo a ministra, a equiparação só é aplicada quando há desequilíbrio em favor dos homens e não afeta cargos em que mulheres já são maioria, como nas áreas de saúde.

Operação, parcerias e logística

O MGI agradeceu o trabalho das equipes envolvidas e destacou a participação conjunta de órgãos como:
  • Ministério da Justiça e Segurança Pública
  • Polícia Federal
  • Polícia Rodoviária Federal
  • Secretaria Nacional de Segurança Pública
  • Força Nacional
  • Governos estaduais
  • Casa Civil, AGU, CGU e Secom
  • Abin, Ipea, Enap, FGV, Dataprev
  • Diversas secretarias e áreas internas do MGI
“Esse é um trabalho coletivo”, afirmou Dweck.

Próximos passos do concurso
  • 23/01/2026: divulgação da nota preliminar da prova discursiva e espelho de correção
  • 26 e 27/01/2026: prazo para pedidos de revisão
  • Fevereiro de 2026: publicação da lista de convocados, conforme cronograma oficial
Com a segunda etapa aplicada em clima de tranquilidade, o CPNU 2 reforça a consolidação do novo modelo de seleção unificada. O governo considera que o concurso cumpre papel decisivo na recomposição da força de trabalho e na retomada de políticas públicas essenciais, ao mesmo tempo em que amplia diversidade, inclusão e representatividade no acesso ao serviço público.

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