
Operação mira combate ao abuso sexual infantil e reforça alerta aos responsáveis sobre os riscos no ambiente virtual - Foto: Reprodução PF
Porto Velho, Rondônia - A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (9) a Operação Escudo Protetor, em Guajará-Mirim, para combater crimes de posse, armazenamento e disseminação de material envolvendo abuso sexual infantojuvenil. A ação resultou no cumprimento de um mandado de prisão preventiva e outro de busca e apreensão, ambos expedidos pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Rondônia.
Durante o cumprimento dos mandados, agentes da PF apreenderam um dispositivo eletrônico que pode ter sido utilizado para armazenar e enviar o material criminoso. O equipamento será submetido à perícia técnica para aprofundar a análise das evidências.
A investigação teve início após a identificação de um homem que mantinha e compartilhava conteúdo envolvendo crianças. Segundo a PF, o suspeito utilizava perfis falsos em redes sociais para aproximar-se de menores, muitas vezes por meio de aliciamento, coação moral e violência psicológica.
Com o avanço das apurações, os investigadores conseguiram identificar cerca de 30 vítimas, entre crianças e adolescentes. As autoridades acreditam que novas vítimas podem ser reconhecidas a partir da perícia nos materiais apreendidos.
Nomenclatura e a gravidade dos crimes
Embora a legislação brasileira ainda utilize o termo “pornografia infantil” para tipificar esse tipo de crime (art. 241-E do Estatuto da Criança e do Adolescente), a Polícia Federal reforça que a nomenclatura mais adequada é abuso sexual ou violência sexual contra crianças e adolescentes, por evidenciar a gravidade e o impacto devastador sofrido pelas vítimas.
Alerta aos pais e responsáveis
A PF também emitiu um alerta às famílias sobre os riscos no ambiente virtual. Orientar crianças e adolescentes sobre o uso seguro de redes sociais, jogos online e aplicativos, além de monitorar mudanças de comportamento, são medidas essenciais para prevenir situações de risco.
Sinais como isolamento repentino, segredo excessivo sobre atividades online e alterações emocionais devem servir de alerta para responsáveis. A corporação reforça que a prevenção, o diálogo e a informação são as principais ferramentas para proteger jovens de abusos.
A investigação segue em andamento com a análise de novos elementos colhidos durante a operação. O caso reforça a necessidade de atenção redobrada no ambiente digital e o papel fundamental das famílias na proteção de crianças e adolescentes.
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