Boletim Focus aponta inflação de 4,32%, dólar a R$ 5,44 e crescimento econômico estável para o próximo ano.
Porto Velho, Rondônia – O mercado financeiro reduziu novamente a previsão de inflação para 2025 e passou a estimar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 4,32%, percentual abaixo do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Os dados constam na edição desta segunda-feira (29) do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central.
A projeção representa a sétima semana consecutiva de revisão para baixo nas expectativas inflacionárias, reforçando a percepção de desaceleração gradual dos preços no país ao fim do ano.
INFLAÇÃO SEGUE DENTRO DO INTERVALO DA META
A meta oficial de inflação para 2025 é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Com isso, o limite superior é de 4,5%, acima da projeção atual de 4,32%.
Em novembro, o IPCA registrou alta de 0,18%, influenciada principalmente pelo aumento das passagens aéreas. No acumulado de 12 meses, a inflação soma 4,46%, ainda dentro do intervalo definido pelo CMN.
Para os anos seguintes, o mercado projeta inflação de 4,05% em 2026 e de 3,8% em 2027.
JUROS SEGUEM NO MAIOR NÍVEL DESDE 2006
Por se tratar do encerramento do ano, o Boletim Focus não trouxe novas projeções para a taxa básica de juros, a Selic, que permanece em 15% ao ano. O patamar é o mais elevado desde julho de 2006, quando os juros chegaram a 15,25%.
Após atingir 10,5% em maio de 2024, a Selic voltou a subir a partir de setembro e foi mantida em 15% na reunião de junho deste ano.
DÓLAR E PIB MANTÊM PROJEÇÕES ESTÁVEIS
No câmbio, a expectativa do mercado é de que o dólar encerre 2025 cotado a R$ 5,44, ligeiramente acima da projeção da semana anterior.
Já o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2,26% em 2025, mantendo a estimativa das últimas semanas. Para 2026 e 2027, a projeção é de crescimento de 1,8% ao ano.
A economia brasileira registrou crescimento de 0,4% no segundo trimestre deste ano, impulsionada pelos setores de serviços e indústria. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de expansão econômica.
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