Eco Invest Brasil consolida liderança em finanças verdes e fecha 2025 com R$ 14 bilhões aplicados

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Eco Invest Brasil consolida liderança em finanças verdes e fecha 2025 com R$ 14 bilhões aplicados

Placas solares representam investimentos em energia limpa financiados pelo programa Eco Invest Brasil (Foto: Soninha Vill/GIZ) (Alô Rondônia)

Programa federal mobiliza capital privado, impulsiona transição ecológica e projeta novos leilões para 2026.

Porto Velho, Rondônia – O programa Eco Invest Brasil encerrou o ano de 2025 com mais de R$ 14 bilhões em financiamentos contratados para projetos sustentáveis em todo o país, consolidando-se como o maior programa de finanças verdes do Brasil e um dos principais instrumentos globais voltados à transição ecológica.

Os recursos são provenientes do primeiro leilão da iniciativa, realizado em outubro de 2024, e já contemplam 14 projetos estruturantes, distribuídos entre os eixos de transição energética, economia circular, bioeconomia, adaptação climática e infraestrutura verde.

PROGRAMA FORTALECE TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

Mais da metade do volume financiado está direcionada à transição energética, com destaque para projetos de produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e combustíveis renováveis. Um dos empreendimentos financiados prevê a implantação de uma biorrefinaria no interior da Bahia, com capacidade para produzir mais de 20 mil barris de óleo vegetal destinados ao setor aéreo e à matriz energética limpa.

Além disso, o programa também passou a financiar projetos de modernização da infraestrutura elétrica, com foco na redução de impactos causados por eventos climáticos extremos.

MODELO INOVADOR ATRAI CAPITAL INTERNACIONAL

Coordenado pelos ministérios da Fazenda e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Eco Invest Brasil se destaca pela adoção do modelo de financiamento misto (blended finance), que combina recursos públicos e privados. Um dos diferenciais foi a introdução do hedge cambial, mecanismo que reduziu riscos para investidores e ampliou a participação de capital estrangeiro.

Segundo o Tesouro Nacional, o programa já mobilizou mais de R$ 75 bilhões em capitais, sendo cerca de R$ 46 bilhões captados no exterior, reforçando a confiança internacional no modelo brasileiro de financiamento climático.

SANEAMENTO, BIOECONOMIA E ADAPTAÇÃO CLIMÁTICA

Na área de economia circular, cinco projetos concentram investimentos estimados em R$ 2,7 bilhões, voltados à ampliação da coleta e do tratamento de esgoto, beneficiando mais de 2 milhões de pessoas nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul.

Já no eixo de adaptação climática, o programa financia iniciativas para tornar sistemas elétricos mais resilientes, incluindo o aterramento de redes em áreas vulneráveis a chuvas intensas e ventos fortes.

NOVOS LEILÕES E EXPANSÃO EM 2026

Em 2025, o Eco Invest realizou outros leilões estratégicos. Um deles foi voltado à recuperação de terras degradadas, mobilizando R$ 31,4 bilhões para restaurar 1,4 milhão de hectares em todos os biomas brasileiros, com destaque para o Cerrado.

Durante a COP30, foi anunciada uma nova rodada focada em bioeconomia e turismo sustentável, especialmente na Amazônia. As chamadas seguem abertas até o início de 2026.

TRANSPARÊNCIA E MONITORAMENTO

Para garantir transparência, o Tesouro Nacional lançou o Monitor Eco Invest Brasil, plataforma pública que permite acompanhar dados sobre os projetos financiados, valores aplicados, localização e estágio de execução.

Atualmente, o programa conta com 12 bancos credenciados, entre instituições públicas e privadas, e é considerado uma das principais apostas do país para acelerar a transição ecológica nos próximos anos.
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