Contracheques milionários: membros do MPRO recebem mais de R$ 200 mil líquidos em um único mês

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Contracheques milionários: membros do MPRO recebem mais de R$ 200 mil líquidos em um único mês

Sede do Ministério Público de Rondônia: dados oficiais revelam contracheques que ultrapassam R$ 200 mil líquidos em um único mês - Foto: Marcelo Gladson / Alô Rondônia 

Porto Velho, Rondônia - Informações oficiais do Portal MP Transparente, mantido pelo Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO), revelam que membros ativos da instituição receberam, em novembro, rendimentos líquidos superiores a R$ 200 mil. Os valores resultam da soma de salários, verbas indenizatórias, gratificações, férias, abonos e outros adicionais legais.

Os dados constam em planilha oficial de contracheques, disponibilizada ao público pela Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) do próprio MPRO, evidenciando cifras que destoam da realidade da maioria da população rondoniense.

Quem recebeu os maiores valores

Entre promotores e procuradores, os maiores rendimentos líquidos pagos em novembro foram:
  • Alexandre Jésus de Queiróz Santiago (Promotor de Justiça): R$ 219.563,43
  • Fabio Rodrigo Casaril (Promotor de Justiça): R$ 202.268,32
  • Laila de Oliveira Cunha Nunes (Promotora de Justiça): R$ 188.361,20
  • Jarbas Sampaio Cordeiro (Promotor de Justiça): R$ 184.380,93
  • Ivanildo de Oliveira (Procurador de Justiça): R$ 180.540,99
  • Lisandra Vanneska Monteiro Nascimento Santos (Promotora de Justiça): R$ 179.958,06
  • Francisco Esmone Teixeira (Procurador de Justiça): R$ 174.888,67
  • Flávia Barbosa Shimizu Mazzini (Promotora de Justiça): R$ 174.588,18
  • Felipe Magno Silva Fonsêca (Promotor de Justiça): R$ 174.214,99
  • Dandy de Jesus Leite Borges (Promotor de Justiça): R$ 173.849,25
Verbas que inflacionam os contracheques

Segundo o relatório, os valores elevados não se limitam ao salário base do cargo. Os contracheques incluem uma série de rubricas adicionais, como:
  • Salário base
  • Verbas remuneratórias de natureza legal ou judicial
  • Indenizações diversas
  • Abono de permanência
  • Pagamentos de férias acumuladas
  • Gratificação natalina
  • Funções de confiança
Mesmo após os descontos obrigatórios — como Imposto de Renda, contribuição previdenciária e aplicação do teto constitucional — os valores líquidos permanecem expressivos.

Debate sobre moralidade e transparência

Os números reacendem o debate sobre moralidade administrativa, uso de recursos públicos e desigualdade salarial no serviço público, especialmente em um estado que ainda enfrenta carências estruturais em áreas como saúde, educação e segurança.

Embora os pagamentos estejam amparados por dispositivos legais, especialistas e entidades da sociedade civil questionam a compatibilidade desses valores com a realidade socioeconômica local e defendem maior debate sobre limites, critérios e impacto orçamentário das verbas indenizatórias no sistema de Justiça.
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