Treinador campeão mundial interclubes e ex-comandante da seleção brasileira morreu aos 77 anos, em São Paulo.
Porto Velho, Rondônia - O basquete brasileiro perdeu um de seus maiores nomes com a morte do técnico Cláudio Mortari, ocorrida na última quarta-feira (25), em São Paulo. A informação foi confirmada pela família por meio de postagem nas redes sociais. Com mais de quatro décadas dedicadas ao esporte, Mortari construiu uma trajetória marcada por títulos expressivos e contribuição histórica ao basquete nacional.
Ao longo da carreira, Cláudio Mortari dirigiu diversas equipes tradicionais do país e acumulou conquistas relevantes. Entre os feitos mais emblemáticos, está o título do Campeonato Mundial Interclubes de 1979, conquistado com o Esporte Clube Sírio, equipe que marcou época no basquete brasileiro.
O treinador também teve passagem pela seleção brasileira, comandando a equipe nos Jogos Olímpicos de 1980, realizados em Moscou, quando a cidade ainda integrava a antiga União Soviética. Sua atuação à frente da seleção consolidou ainda mais seu reconhecimento no cenário internacional.
Mortari foi responsável pela chamada “era de ouro” do Sírio, liderando um elenco histórico que contava com nomes consagrados como Oscar Schmidt, Marcel de Souza e Marquinhos Abdalla. Pelo clube paulista, conquistou ainda três títulos do Campeonato Brasileiro, nas temporadas de 1978, 1979 e 1983, além de três títulos do Campeonato Sul-Americano.
Além do Sírio, o treinador teve passagens vitoriosas por Palmeiras — onde foi campeão brasileiro em 1977 — e Rio Claro, com título nacional em 1995. Ao longo da carreira, também comandou equipes como Bradesco, Corinthians, Pirelli, Telesp, Mogi das Cruzes, Mackenzie, Flamengo, Campos, Paulistano, São Bernardo e Pinheiros.
Pelo Esporte Clube Pinheiros, Mortari alcançou um dos títulos mais importantes do basquete continental ao conquistar a Liga das Américas de 2013, reforçando sua relevância mesmo nas fases finais da carreira.
O presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Marcelo Sousa, destacou o legado humano e esportivo deixado pelo treinador. Em nota, afirmou que Mortari foi um ídolo histórico, dono de grande qualidade tática e referência de ética, educação e amizade, ressaltando que o basquete brasileiro perde um personagem lendário.
Nascido em 15 de março de 1948, em São Paulo, Cláudio Mortari deixa um legado de títulos, formação de atletas e contribuição decisiva para o crescimento do basquete brasileiro, sendo lembrado como um dos grandes mestres da modalidade.
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