Porto Velho, Rondônia - Um importante projeto ambiental desenvolvido pelo governo de Rondônia resultou na soltura de 228 mil filhotes de tartaruga-da-Amazônia (Podocnemis expansa) no Parque Estadual Corumbiara, localizado no município de Pimenteiras do Oeste, na região do Vale do Guaporé. A ação foi realizada no último sábado (13) e é considerada essencial para a manutenção da espécie na natureza.
A iniciativa foi coordenada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), por meio da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC), e contou com apoio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia (Unir), bolsistas do convênio Sedam/Fapero e servidores da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec).
Proteção na fase mais vulnerável do ciclo de vida
O projeto tem como foco principal a proteção dos filhotes na fase mais crítica do ciclo de vida, que vai do nascimento até a chegada ao rio. Nesse período, a espécie enfrenta altos índices de mortalidade devido à predação natural e a fatores ambientais adversos.
Neste ano, por exemplo, a elevação repentina do nível do Rio Guaporé provocou perdas significativas de filhotes ainda nos ninhos, o que reforçou a necessidade de um acompanhamento técnico rigoroso e de ações emergenciais para garantir a sobrevivência da espécie.
Compromisso do governo com a conservação ambiental
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, destacou que ações como essa demonstram o compromisso contínuo do estado com a preservação ambiental.
“Atuamos de forma permanente na preservação do meio ambiente. A soltura desses filhotes é resultado de um esforço conjunto que reforça o compromisso do governo do estado com a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável, assegurando a proteção dos nossos recursos naturais”, afirmou.
Acompanhamento técnico e científico
O coordenador da CUC, Daniel Santos de Souza, ressaltou a importância científica do trabalho desenvolvido pelas equipes envolvidas.
“Essa ação é um marco no nosso trabalho de conservação. Durante o monitoramento e a coleta, realizamos um acompanhamento rigoroso da saúde dos filhotes e das condições ambientais para garantir que a soltura fosse bem-sucedida. A fase inicial da vida da tartaruga-da-Amazônia é extremamente sensível, e nossas ações buscam reduzir os impactos da predação e de outros fatores adversos”, explicou.
Política pública voltada à biodiversidade
O secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, reforçou que a ação integra um conjunto de políticas públicas ambientais adotadas pelo governo estadual.
“O trabalho realizado no Parque Estadual Corumbiara representa mais um passo significativo na preservação da biodiversidade amazônica. A Sedam segue desenvolvendo ações estratégicas, em parceria com instituições de pesquisa e a comunidade local, para garantir a proteção e a recuperação de espécies ameaçadas”, destacou.
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