Líderes de mais de 20 países selam pacto de paz no Egito; Israel e Hamas não participaram da cerimônia, mas acordo encerra oficialmente a guerra na Faixa de Gaza — Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein |
Porto Velho, Rondônia - Em um encontro que promete redefinir os rumos do Oriente Médio, líderes mundiais se reuniram nesta segunda-feira (13), na cidade egípcia de Sharm El-Sheik, para assinar o acordo que oficializa o cessar-fogo na Faixa de Gaza. A iniciativa, proposta pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcou o fim de uma era de conflitos intensos entre Israel e o grupo Hamas — embora ambos os lados não tenham participado da cerimônia.
O acordo foi firmado com o apoio de mediadores internacionais, entre eles o presidente do Egito, Abdul Fatah Al-Sisi, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani. A assinatura ocorreu horas após o Hamas libertar os 20 últimos reféns israelenses que permaneciam sob seu poder desde os ataques de 2023.
“Juntos, conseguimos fazer o que todos diziam ser impossível. Hoje começa a reconstrução de Gaza e uma nova era de paz para o Oriente Médio”, declarou Trump durante o evento, que contou com a presença de chefes de Estado da França, Reino Unido, Itália, Palestina e outras nações.
Reações e próximos passos
Segundo o acordo, Israel iniciará a retirada gradual de suas tropas do território palestino, reduzindo a área de ocupação de 75% para 53%. O plano também prevê a criação de um conselho internacional para supervisionar a reconstrução e a transição administrativa de Gaza, embora ainda não haja detalhes sobre a composição ou o funcionamento desse órgão.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi convidado para participar da cúpula, mas recusou, alegando motivos religiosos. Antes do evento, ele declarou que Israel “permanece comprometido com a paz”, reforçando o apoio ao cessar-fogo firmado entre os negociadores.
Entre os líderes presentes estavam Trump, Macron (França), Giorgia Meloni (Itália), Keir Starmer (Reino Unido) e Mahmoud Abbas (Autoridade Palestina), além de representantes da ONU e da Cruz Vermelha.
Entre os líderes presentes estavam Trump, Macron (França), Giorgia Meloni (Itália), Keir Starmer (Reino Unido) e Mahmoud Abbas (Autoridade Palestina), além de representantes da ONU e da Cruz Vermelha.
Reféns libertados e prisioneiros soltos
O cessar-fogo foi viabilizado após o Hamas libertar os 20 últimos reféns israelenses vivos — de um total de 251 sequestrados nos ataques terroristas de 7 de outubro de 2023. Em contrapartida, Israel iniciou a soltura de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo condenados por crimes graves, que foram encaminhados para Gaza, Cisjordânia e países aliados.
Trump celebrou a libertação como um marco humanitário:
“Contra todas as probabilidades, fizemos o impossível. Trazemos nossos reféns de volta para casa e encerramos uma era de terror”, afirmou, sob aplausos.
Desafios do pós-guerra
Apesar da trégua, o futuro político de Gaza segue incerto. O plano americano sugere a criação de um governo de transição supervisionado por uma coalizão internacional, mas o Hamas rejeita qualquer interferência estrangeira ou proposta de desarmamento total.
Ainda assim, líderes mundiais avaliam o acordo como o passo mais concreto rumo à estabilidade na região em mais de uma década.
“A paz não é apenas o fim da guerra, mas o início de uma nova convivência”, declarou o presidente egípcio, Abdul Fatah Al-Sisi, ao encerrar a cerimônia.
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