Expedição científica reforça conservação genética de tartarugas e tracajás na Amazônia rondoniense
Porto Velho, Rondônia - A Universidade Federal de Rondônia (UNIR), por meio do Laboratório de Histoanálise (LabHis), realizou neste mês de outubro uma expedição científica ao Parque Estadual de Corumbiara, em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam). A ação integra o projeto Filogeografia e Identidade Genética de Quelônios em Ambiente Multi-Bioma de uma Unidade de Conservação em Rondônia, vinculado aos programas Pibic, Pibiti e Pibec da UNIR.
Conservação genética de quelônios amazônicos
O estudo tem como foco a identificação genética aplicada à conservação de tartarugas e tracajás no Rio Corumbiara, afluente do Rio Guaporé — uma das áreas de maior diversidade de quelônios da Amazônia. Entre as espécies pesquisadas está a tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa), considerada vulnerável devido à pressão antrópica na região.
A iniciativa segue as diretrizes do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN/ICMBio) e do Projeto de Proteção e Manejo dos Quelônios da Amazônia (PQA), voltados à proteção de áreas de reprodução e ao manejo participativo e sustentável das populações naturais.
Análises científicas e banco genômico
Durante a expedição, foram conduzidas análises genéticas, moleculares, histológicas, parasitológicas e físico-químicas de solo e água, além da criação de um banco genômico de espécies-chave da biodiversidade amazônica. O projeto também adota uma abordagem de cogestão ambiental, envolvendo comunidades locais, organizações sociais e órgãos públicos para fortalecer a pesquisa científica e a conservação em Rondônia.
Formação acadêmica e participação estudantil
A presença de estudantes é um dos pontos centrais do projeto. No trabalho de campo, realizado entre 24 de setembro e 7 de outubro, os acadêmicos Cristofer Kauê Cruz Oliveira, Eduardo Monteiro Meller Teixeira e Alex Gabriel Melo Gomes participaram das atividades de biometria, marcação de matrizes e remanejamento de ovos, além de coletas de solo para análises físico-químicas e microbiológicas.
Compromisso com a sustentabilidade
A coordenadora do projeto, professora doutora Elieth Mesquita, destaca que as experiências de campo são essenciais para a formação científica dos discentes:
“Essas vivências permitem que os estudantes compreendam na prática todas as etapas do método científico, da coleta de dados à análise dos resultados, fortalecendo a pesquisa institucionalizada na UNIR”, afirmou.
A docente também ressaltou que a iniciativa reafirma o compromisso da Universidade com a produção de conhecimento voltada à sustentabilidade, à conservação da biodiversidade e ao desenvolvimento socioambiental da Amazônia.
A assessoria de Comunicação UNIR - Foto : Reprodução UNIR
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