O ex-presidente Jair Bolsonaro - Imagem: Alan Santos/PR
Porto Velho, Rondônia– O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), de 70 anos, anunciou nesta quarta-feira (2) que está sob orientação médica para permanecer em repouso absoluto durante todo o mês de julho, em virtude de uma nova crise de saúde, marcada por episódios recorrentes de vômitos e soluços. Com isso, todas as agendas públicas e partidárias previstas para o período foram oficialmente canceladas.
De acordo com comunicado divulgado nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que a condição de saúde atual o impede até mesmo de falar. “Após consulta médica de urgência, foi-me determinado ficar em repouso absoluto durante o mês de julho. Do exposto, ficam suspensas as agendas de Santa Catarina e Rondônia. Crises de soluços e vômitos tornaram-se constantes, fato que me impedem até de falar”, escreveu o ex-presidente.
No mês de junho, Bolsonaro havia sido submetido a exames médicos em um hospital privado de Brasília, após sentir-se mal durante uma série de compromissos políticos no estado de Goiás. Na ocasião, foi diagnosticado com pneumonia e liberado após melhora do quadro clínico. Apesar disso, participou de uma manifestação pública na Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (29), em um ato organizado pelo pastor Silas Malafaia, sob o lema “Justiça Já”.
Condições de saúde e histórico clínico
A equipe médica responsável pela avaliação do ex-presidente, composta pelos médicos Claudio Biroloni, cirurgião que o operou anteriormente, e Leandro Echenique, divulgou uma nota oficial informando que Bolsonaro está em repouso domiciliar. O objetivo é assegurar a completa recuperação da saúde, após uma sequência de eventos clínicos que envolvem complicações intestinais, crises de soluço e a recente pneumonia.
Segundo os especialistas, os sintomas têm comprometido a alimentação e a comunicação verbal do ex-presidente. A nota reforça ainda que Bolsonaro ficará afastado de todas as agendas públicas e atividades relacionadas ao Partido Liberal (PL) até o fim de julho.
A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também se pronunciou nas redes sociais, destacando a importância da recuperação total do marido. “O Jair precisa deste tempo para se recuperar completamente. Tenho fé de que Deus o ajudará, e logo, logo ele estará 100% para retomar suas agendas de trabalho”, escreveu.
Cancelamento de agendas políticas
Com o afastamento médico, estão suspensos compromissos já confirmados em Santa Catarina e Rondônia, onde Bolsonaro participaria de eventos políticos e encontros com lideranças locais. A coordenação nacional do PL informou que as agendas serão reavaliadas e, se possível, remarcadas, conforme a evolução do quadro clínico do ex-presidente.
Essa não é a primeira vez que Jair Bolsonaro enfrenta complicações médicas após o término de seu mandato. Desde o episódio do atentado à faca sofrido durante a campanha eleitoral de 2018, ele foi submetido a diversas cirurgias abdominais, o que resultou em um histórico clínico complexo.
A situação de saúde do ex-presidente gera repercussões no cenário político, principalmente em um momento de articulações partidárias para as eleições municipais de 2024. O afastamento temporário ocorre sob recomendação expressa da equipe médica, priorizando a estabilização clínica e o bem-estar físico do ex-mandatário.
Enquanto permanece em sua residência em Brasília, Bolsonaro deverá se manter afastado da vida pública, com foco na recuperação. A expectativa da equipe médica e da família é de que ele retome suas atividades gradualmente após o período de repouso prescrito.
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