Diego Hypolito. Fonte: Instagram / @diegohypolito

Porto Velho, Rondônia - Nos últimos anos, histórias sobre atletas de destaque que enfrentam dificuldades financeiras após o fim da carreira esportiva têm chamado atenção, como é o caso do ex-ginasta Diego Hypolito, que ilustra como mudanças bruscas na administração do patrimônio podem resultar em perdas substanciais, mesmo quando a carreira no esporte foi marcada por conquistas expressivas e estabilidade financeira.

Conforme relatado por Hypolito no podcast Selfie Service, disponível no Spotify, ele chegou a enfrentar situações extremas, incluindo o despejo juntamente com a família e a perda de bens avaliados em mais de R$ 10 milhões.

A transição de uma vida regrada pela disciplina esportiva para a administração de grandes volumes de recursos financeiros nem sempre é fácil ou intuitiva. Muitos atletas, como exemplificado por Hypolito, encontram barreiras devido à falta de experiência em finanças pessoais, o que, aliado à confiança excessiva em terceiros, pode levar a prejuízos severos.

Em diversos casos, antigos campeões acabam sendo vítimas de fraudes, má gestão ou decisões precipitadas envolvendo investimentos e negócios.

Como a falta de planejamento financeiro pode afetar atletas de alto rendimento?

O gerenciamento dos recursos oriundos de prêmios, contratos de patrocínio e aparições comerciais exige habilidades que vão além das técnicas esportivas.

No caso do ex-ginasta, ficou evidente que a ausência de um planejamento financeiro sólido e a escolha inadequada de pessoas para administrar seus bens contribuíram para a situação de risco vivenciada por ele e seus familiares.

Sem um planejamento claro, até mesmo grandes fortunas tornam-se vulneráveis diante de decisões equivocadas. Além das perdas materiais, as consequências do endividamento podem afetar o bem-estar emocional e a qualidade de vida do atleta e de seus familiares.

Em casos extremos, situações como o despejo e a quebra de laços familiares tornam-se realidade, demonstrando a importância de políticas de orientação financeira para esportistas em fase de transição de carreira.

Diego Hypolito. Fonte: Instagram / @diegohypolito

Quais estratégias são recomendadas para preservar o patrimônio?

É consenso entre especialistas que a educação financeira deve fazer parte da rotina de quem alcança sucesso repentino ou altamente lucrativo, como acontece no universo esportivo. Entre as principais recomendações, estão:
  • Buscar orientação profissional: Consultar especialistas em finanças para estruturar uma gestão adequada dos ganhos.
  • Planejar a aposentadoria: Criar reservas para o futuro, considerando a curta duração da carreira esportiva.
  • Diversificar investimentos: Evitar a aplicação de todos os recursos em um único tipo de negócio ou imóvel.
  • Monitorar contratos: Revisar acordos de patrocínio, publicidade e participações televisivas com regularidade.
  • Educação contínua: Participar de cursos básicos de finanças e gestão patrimonial para tomar decisões mais assertivas.
Essas medidas aumentam a segurança do patrimônio e ajudam a evitar situações prejudiciais como golpes, fraudes ou má administração, que podem acometer qualquer pessoa — independentemente do histórico de sucesso.

Diego Hypolito investiu em outras oportunidades após a ginástica?

Após encerrar a carreira nas competições, Diego buscou diferentes formas de restabelecer sua estabilidade financeira. A participação em reality shows, incluindo o Big Brother Brasil 25, surgiu como uma alternativa para aumentar a visibilidade e conquistar novas oportunidades profissionais.

O atleta também recebeu convites para outros programas de entretenimento, demonstrando que celebridades do esporte costumam ser procuradas por emissoras e patrocinadores, mesmo após o fim da carreira esportiva.

Além das atividades midiáticas, há indícios de que ex-esportistas como Hypolito frequentemente optam pelo desenvolvimento de negócios próprios, como academias ou consultorias esportivas, e pela participação em campanhas publicitárias.

Essas escolhas podem contribuir significativamente para a reconstrução do patrimônio e para a estabilidade financeira após a aposentadoria das competições.

O caso de Diego Hypolito destaca a necessidade de reforçar a educação financeira desde o início da carreira esportiva e de adotar estratégias que possibilitem maior durabilidade dos ganhos conquistados no esporte.

A experiência relatada serve de alerta e exemplo para os jovens atletas, suas famílias e todos que se dedicam a profissões de curta ou incerta duração.

Fonte: O Antagonista