Vitor Roque. Créditos: depositphotos.com / mrogowski_photography

Porto Velho, Rondônia - Desde que o Barcelona abriu as portas do futebol europeu para Vitor Roque, o atacante atraiu olhares e expectativas em torno de seu desempenho e evolução nos gramados.

O jovem jogador, que ganhou notoriedade pelo destaque no Athletico Paranaense e presença na seleção brasileira, desembarcou no Barcelona em 2023 cercado por projeções de se tornar o novo centroavante da equipe canarinho.

No entanto, sua trajetória pelo clube espanhol foi marcada por desafios de adaptação e dificuldades para se firmar no elenco catalão.

Nos primeiros meses em Barcelona, o jovem jogador enfrentou uma pressão significativa proveniente tanto da mídia quanto da alta exigência do próprio clube. A transferência, inicialmente prevista para ocorrer em 2024, acabou sendo antecipada, o que contribuiu para um contexto em que a necessidade de resultados rápidos se tornou ainda mais evidente.

Esse cenário acabou impactando o rendimento e a confiança de Vitor Roque, que não conseguiu repetir, a princípio, as boas atuações apresentadas no futebol brasileiro.

Como foi o início de Vitor Roque no Barcelona?

A passagem do atacante brasileiro pelo Barcelona foi breve e repleta de obstáculos. Durante a temporada, Roque entrou em campo apenas 16 vezes, das quais foi titular em somente duas oportunidades.

Conseguiu marcar dois gols, mas acabou não distribuindo assistências e teve sua participação limitada a jogos da LaLiga e Copa do Rei. O jovem não teve oportunidade de atuar na Champions League, competição de destaque no cenário europeu.

Segundo relatos da diretoria, especialmente do diretor de futebol Deco, a antecipação de sua chegada ao clube não foi positiva ao atleta, prejudicando sua adaptação ao novo país e ao alto nível do futebol europeu.

Além disso, Deco apontou que uma melhor preparação e suporte poderiam ter sido oferecidos ao jogador, sobretudo em questões de ordem psicológica e de adaptação ao estilo de jogo do Barcelona.

Quais os principais desafios enfrentados por Vitor Roque na Europa?

O período do atacante em solo catalão foi marcado por uma série de dificuldades comuns a jogadores sul-americanos em transição para o futebol europeu. Entre os desafios, destacam-se:
  • Adaptação cultural e linguística: A barreira do idioma e os costumes diferentes dificultam, especialmente no início, a integração dos atletas.
  • Pressão e expectativas: A cobrança da imprensa e torcida, aliada à expectativa por resultados imediatos, influencia o rendimento esportivo dos jovens talentos.
  • Tempo de jogo limitado: Poucas oportunidades como titular dificultam a manutenção do ritmo e da confiança dentro de campo.
  • Falta de planejamento: Transferências feitas fora do momento ideal podem prejudicar o desenvolvimento do atleta.
De acordo com fontes internas do clube catalão, a ausência de um direcionamento claro e de um suporte psicossocial adequado agravou essas questões, evidenciando a necessidade de estratégias mais estruturadas para jovens promessas que deixam o Brasil rumo à Europa.

Vitor Roque reencontrou seu futebol após deixar o Barcelona?

Após a sua curta passagem pelo Barcelona, Vitor Roque foi emprestado ao Betis para a temporada 2024/25. Nesta nova etapa, teve maior sequência de jogos e oportunidades para demonstrar suas habilidades, acumulando sete gols em 33 partidas.

O desempenho mais consistente chamou a atenção do Palmeiras, que garantiu sua contratação para o ano de 2025. No clube paulista, até o momento, o atacante alcançou três gols em 19 partidas, com presença mais frequente entre os titulares e participação significativa em jogos decisivos.

A movimentação do atacante entre clubes evidencia não apenas sua busca por estabilidade, mas também como empréstimos e mudanças podem contribuir para o amadurecimento de jovens jogadores no cenário do futebol internacional.

O desafio constante de adaptação, aliado à pressão por resultados, faz parte do cotidiano de atletas que, muitas vezes, são alçados a protagonistas muito cedo em suas trajetórias.

Fonte: O Antagonista