Porto Velho, Rondônia - Ao fim e ao cabo do processo eleitoral, ficam as questões de sempre: quem ganhou e quem perdeu? Quem saiu fortalecido e quem saiu enfraquecido? Como ficam os grandes “padrinhos” Lula e Bolsonaro?

Os resultados foram, em quase todo o Brasil, de demonstração de força da centro-direita e da direita. Assim, o presidente Lula, o PT e os partidos de esquerda - ou se preferirem, do campo progressista - foram fragorosamente derrotados.

Há, para muitos, a necessidade de uma profunda reflexão desse campo político objetivando compreender os fatos da realidade, sua agenda e sua conexão com a sociedade e o eleitorado que se apresenta mais conservador e menos propenso aos discursos característicos dos progressistas. Contudo, vamos tratar das perspectivas do bolsonarismo e, mais detidamente, de Jair Bolsonaro.

O Partido Liberal (PL) de Bolsonaro foi a legenda que mais conquistou prefeituras dentre os 103 municípios com mais de 200 mil eleitores. O PL ganhou em 16 cidades e “fez” quatro capitais: Maceió, Rio Branco, Cuiabá e Aracaju. Pode-se, então, asseverar que isso fortalece Bolsonaro? Obviamente, que a presença do ex-presidente no PL é assaz importante, como foi, também, para o PSL (Partido Social Liberal) na ocasião da eleição na qual Bolsonaro foi eleito.

Em 2018, ao concorrer e vencer a disputa presidencial, Bolsonaro catapultou o PSL, antes nanico, para um partido com vultuosos recursos do fundo partidário. Entretanto, buscando dominar o partido, acabou rompendo e governou o país desfiliado por um período e, em 2022, foi para o PL, tendo sido derrotado na busca da reeleição por Lula.

Fonte: Painel Político - Por Rodrigo Augusto Prando