"Uma generalização esconde sempre alguma coisa", afirmou o presidente ucraniano. Reprodução

Porto Velho, Rondônia - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (foto), voltou a criticar a proposta de paz apresentada pelo Brasil e pela China para o fim da guerra na Ucrânia e afirmou que não se trata de um “plano concreto”.

“Não acredito que seja um plano concreto, porque não vejo quaisquer ações ou fases específicas, apenas uma certa generalização de procedimentos. Uma generalização esconde sempre alguma coisa”, disse na sexta-feira, 20 de setembro.

Em sua declaração, Zelensky também tratou do avanço das tropas russas no leste de seu país e afirmou que a ajuda militar dos aliados “acelerou” no início de setembro e “estamos satisfeitos com isso”.

Os atrasos na entrega da ajuda ocidental levaram o exército ucraniano a ficar sem munições e armas no início do ano.

Zelensky disse ainda não ter recebido “autorização” dos Estados Unidos e do Reino Unido para utilizar mísseis de longo alcance contra a Rússia.

“Nem os Estados Unidos nem o Reino Unido nos deram autorização para utilizar estas armas em território russo, em qualquer alvo e a qualquer distância”, afirmou.

Proposta de paz do Brasil e da China

Brasil e China organizam uma reunião para divulgar uma proposta conjunta de um plano para “desescalar o conflito” entre Ucrânia e Rússia. O documento foi anunciado em maio, durante visita de Celso Amorim – assessor internacional de Lula – a Pequim.

O plano consiste em ao menos seis pontos, como a realização de uma conferência internacional de paz “que seja reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia, com participação igualitária de todas as partes relevantes”.

A reunião está prevista para a próxima sexta-feira, 27 de setembro, pouco depois da Assembleia-Geral da ONU em Nova York. A lista de convidados, segundo a Folha, tem 19 países do chamado Sul Global.

Fonte: O Antagonista