Porto Velho, Rondônia - O ministro Cristiano Zanin (foto), do Supremo Tribunal Federal, acompanhou o relator Alexandre de Moraes e votou a favor da condenação de Antônio Cláudio Alves Ferreira, acusado de quebrar o relógio histórico do Palácio do Planalto durante os atos de 8 de janeiro de 2023. Zanin divergiu apenas na pena e sugeriu 15 anos de detenção, e não 17.

Antônio é réu no STF pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima.

Zanin fez um cálculo diferente do de Moraes para as penas de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado.

Em seu voto, Moraes afirmou que há um “robusto conjunto probatório” contra o acusado.

“Está comprovado, tanto pelos depoimentos de testemunhas arroladas pelo Ministério Público, quanto pelas conclusões do Interventor Federal, vídeos e fotos realizados pelo próprio réu e outros elementos informativos, que ANTONIO CLAUDIO ALVES FERREIRA (…) com emprego de violência ou grave ameaça, tentou abolir o Estado Democrático de Direito, visando o impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais por meio da depredação e ocupação dos edifícios-sede do Três Poderes da República”, disse Moraes.

Relógio histórico

O relógio em questão tinha grande valor histórico. Presente dado a Dom João VI pela corte de Luís XIV, foi desenhado por André-Charles Boulle e elaborado pelo relojoeiro francês Balthazar Martinot na França do século XVIII.

Postagens nas redes sociais apontam que o horário marcado no relógio era 12h25, o que não condiz com o momento da invasão, que ocorreu a partir das 15h30.

O relógio não marcava a hora prevista devido a mau-funcionamento.Em nota oficial, a Secom informou que o relógio “não estava em funcionamento há pelo menos 10 anos”.


Fonte: O Antagonista