Porto Velho, Rondônia - O futebol brasileiro perdeu um de seus grandes nomes neste domingo (9) em Belo Horizonte. William, ex-zagueiro que fez história tanto no Atlético-MG quanto no Cruzeiro, deixou o mundo aos 90 anos após sofrer uma queda em sua residência que acarretou na necessidade de hospitalização.

A tristeza pela notícia foi amplamente sentida entre companheiros e torcedores. Em seus canais oficiais do X (antigo Twitter), Procópio Cardozo, ex-companheiro de zaga e cunhado de William, expressou seu luto. “Foi uma honra compartilhar o campo com ele nos clubes de Belo Horizonte e na seleção. Um defensor excepcional e um amigo incomparável,” disse ele, marcando a profundidade do relacionamento entre eles.

Qual foi a contribuição de William para o futebol mineiro?

Nascido em 1933 em Mariana, William iniciou sua carreira marcante no Atlético-MG. Durante os dez anos vestindo a camisa do Galo, ele disputou 330 partidas e foi crucial em várias conquistas, incluindo cinco campeonatos estaduais. Sua habilidade defensiva e liderança em campo são lembradas até hoje pelos torcedores atleticanos.

Recordando a Dupla Lendária com Procópio no Cruzeiro

No Cruzeiro, William continuou a sua trajetória de sucesso ao lado de Procópio, construindo uma das duplas mais respeitadas da história do clube. Juntos, eles conquistaram o título da Taça Brasil de 1966 em uma memorável vitória sobre o Santos de Pelé. Esse triunfo não apenas solidificou o legado de William no clube como também o eternizou na memória dos torcedores cruzeirenses.

Participação Nacional e Homenagens

Além dos clubes, William também representou a Seleção Brasileira. Em 1963, ele defendeu as cores do país na Copa América, realizada na Bolívia. Embora não tenha marcado gols, sua atuação foi fundamental para a equipe durante o torneio. Fora dos gramados, William também teve passagens pela Seleção Mineira e pelo América-RJ, mostrando a versatilidade e habilidade que possuía como atleta profissional.

O adeus a este ícone foi marcado por um velório que aconteceu ainda no domingo, contando com a presença de familiares, amigos e fãs, que vieram prestar suas últimas homenagens na Quadra Ipê do Bosque da Esperança Cemitério Parque. Fica a memória de um zagueiro inigualável e, acima de tudo, de uma pessoa excepcional cujo legado será eternamente lembrado no futebol mineiro e brasileiro.

Fonte: O ANTAGONISTA