Porto Velho, Rondônia - O ministro das Comunicações de Israel, Shlomo Karhi, anunciou que os escritórios da Al Jazeera no país permanecerão fechados por mais 45 dias.

Em maio, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou o banimento do canal catari no país. O sinal de TV da emissora estatal do regime islâmico do Catar deixou de funcionar em Israel em 5 de maio.

Segundo o ministro, a decisão foi referendada “por unanimidade pelo governo”, com base em pareceres atualizados “de todas as fontes de segurança, que afirmam inequivocamente que as emissões do canal são uma ameaça real à segurança do Estado”.

“Não permitiremos que o canal terrorista Al Jazeera transmita em Israel e coloque em perigo os nossos combatentes. Assinei agora a extensão das ordens que proíbem as transmissões do canal Al Jazeera em Israel”, afirmou Karhi.

Desde o início da guerra contra o Hamas, a Al Jazeera tem sido alvo de críticas por parte da classe política de diferentes espectros ideológicos por sua agenda anti-Israel.

Em fevereiro, as Forças de Defesa de Israel (FDI) apresentaram imagens e documentos que mostram que um jornalista palestino da emissora era também comandante da ala militar do Hamas em Gaza.

Megafone do Hamas

Em entrevista à revista Crusoé, o presidente do Instituto de Pesquisa de Mídia no Oriente Médio (MEMRI, na sigla em inglês), Yigal Carmon, classificou a emissora como “o megafone do Hamas”.

O MEMRI monitora mais de 100 canais árabes e islâmicos diariamente. De todos os canais monitorados, Carmon destacou o trabalho da Al Jazeera.

“A Al Jazeera é o megafone do Hamas. O Qatar deu a eles um canal 24 horas por dia. A guerra começou com uma declaração de guerra na Al Jazeera na manhã do sábado, 7 de outubro”, disse.

“Eles criam o terror e daí chegam e dizem que são mediadores. ‘Nós temos boas relações com eles’, dizem. Mas por que eles têm boas relações com os terroristas? O que os terroristas estão fazendo na capital do Qatar há anos? Eles são os comandantes. É loucura.”

Fonte: O Antagonista