Porto Velho, Rondônia - Em um desdobramento marcante em Manaus, José Máximo de Oliveira, proprietário de uma clínica veterinária e suspeito de fornecer cetamina, se apresentou à Polícia Civil. A substância é apontada como causa do edema cerebral que levou ao falecimento de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha, no final de outubro. A prisão ocorreu no começo da tarde deste sábado (8), juntamente à captura de outros envolvidos, intensificando as investigações sobre o trágico evento.

A família de Djidja, assim como outras pessoas, estava envolvida em uma prática extremamente controversa por parte de um culto religioso conhecido como “Pai, Mãe e Vida”. Este grupo, que mais se assemelha a uma seita, é investigado por promover o uso de anestésicos entre seus participantes, visando experiências que supostamente levariam a dimensões espirituais superiores. Esta prática emergiu como uma grave preocupação para as autoridades locais.

O que se sabe sobre José Máximo de Oliveira?

José Máximo de Oliveira, até então foragido, foi o último suspeito a ser detido. Sua clínica veterinária é apontada como a fonte da cetamina que, alegadamente, foi usada de forma indevida e perigosa no contexto do culto. Além dele, dois funcionários do estabelecimento já haviam sido presos dias antes, mostrando a seriedade das medidas policiais contra todos os envolvidos.

Detalhes perturbadores do culto “Pai, Mãe e Vida”Líderes faziam os seguidores acreditar que poderiam acessar planos espirituais superiores através do uso de anestésicos.Investigações revelaram que duas pessoas foram mantidas em cárcere privado, em condições degradantes, durante os rituais.Uma das vítimas, que estava grávida, sofreu um aborto em decorrência das ações do grupo.

Responsabilidades legais e avanços no caso

As consequências legais para os envolvidos são severas. Eles enfrentam acusações que incluem tráfico de drogas, associação para o tráfico, exposição a perigo de vida ou saúde de terceiros, entre outras graves infrações. O complexo panorama do caso reflete os numerosos atos ilícitos que foram praticados sob o pretexto de crenças distorcidas proporcionadas pelo culto.

A comunidade de Manaus e, por extensão, a opinião pública em geral, acompanha de perto os desenvolvimentos deste caso. As autoridades permanecem vigilantes, e a Polícia Civil continua com as investigações, visando elucidar todas as facetas desta perturbadora ocorrência e garantir que a justiça seja feita para Djidja Cardoso e todos os outros afetados por esta trágica cadeia de eventos.

Fonte: O Antagonista