Consensos apontam para recuos dos índices no Brasil e nos Estados Unidos. Números podem alterar políticas monetárias. Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Porto Velho, RO -A atenção dos investidores nesta quarta-feira, 10, estão todas voltadas para os dados sobre a evolução da pressão sobre os preços no Brasil e nos Estados Unidos. É a partir desses números que o mercado financeiro vai calibrar as expectativas para os próximos passos da políticas monetárias em ambos os países.

A expectativa por aqui é de desaceleração no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de março para 0,25%, após avanço de 0,83% no mês anterior. Na leitura anual, os economistas consultados pela Bloomberg esperam um avanço de 4,01% após 4,50% nos doze meses terminados em fevereiro.

Nas últimas duas divulgações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice de inflação oficial ficou acima do consenso dos especialistas e levou a uma revisão da taxa de juros básicos esperada para o fim de 2024, que passou de algo em torno de 9,25% ao ano para acima de 9,75% ao ano, na precificação da curva de juros futuros.

Nos Estados Unidos, as estimativas também apontam para uma desaceleração da pressão sobre os preços na comparação mensal do CPI (Índice de Preços ao Consumidor), que deve recuar dos 0,4% registrados em fevereiro para 0,3% em março.

O levantamento anual, no entanto, deve apontar aceleração da inflação nos últimos 12 meses acumulados até março na comparação com o mesmo período terminado em fevereiro. De acordo com os especialistas consultados o CPI anual deve ficar em 3,4% agora, contra 3,2% registrado em fevereiro.

Fiscal permanece no radar

Além dos dados de inflação, os investidores locais também acompanham os desdobramentos do avanço do governo na despesas públicas. Na noite de terça-feira, 9, a Câmara dos Deputados aprovou um PL (Projeto de Lei) que pode liberar até 15 bilhões de reais para gastos em função da surpresa positiva com a arrecadação no primeiro bimestre. A medida ainda precisa da aprovação do Senado Federal.

Fonte: O Antagonista