O avanço da IA impactará particularmente as economias avançadas, mas também pode trazer aumento de renda, diz Kristalina Georgieva do FMI. (Foto reprodução) |
Porto Velho, RO - A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, destacou que o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) terá um impacto significativo em 40% dos empregos em todo o mundo, com um impacto ainda maior nas economias avançadas, onde até 60% dos empregos podem ser afetados.
Em entrevista à agência de notícias France-Presse (AFP), Georgieva observou que esses impactos não são necessariamente negativos, pois também podem resultar em um "aumento dos rendimentos" para muitos trabalhadores. Ela ressaltou que a IA não apenas eliminará empregos, mas também criará novas oportunidades de emprego.
Os dados foram divulgados em um relatório do FMI antes das reuniões do Fórum Econômico Mundial em Davos, que começam nesta segunda-feira (15) na Suíça. O relatório alerta que a IA pode agravar as desigualdades salariais, prejudicando principalmente a classe média, enquanto os trabalhadores com rendimentos já elevados podem ver seus salários aumentarem mais do que a proporção dos ganhos de produtividade com essa tecnologia.
Kristalina Georgieva enfatizou a importância de ajudar os trabalhadores afetados pela automação e de garantir que os ganhos de produtividade sejam compartilhados de maneira justa. Ela também destacou que países como Singapura, Estados Unidos e Canadá estão mais bem preparados para a integração da IA até o momento, mas expressou preocupação com os países de renda mais baixa e o risco de abandono escolar.
A diretora-geral do FMI argumentou que, em um contexto de desaceleração do crescimento global, é fundamental buscar elementos que aumentem a produtividade. Ela concluiu observando que, embora a IA possa ser assustadora, também representa uma grande oportunidade para todos, desde que os desafios sejam enfrentados de forma colaborativa e inclusiva.
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