Os prós e contras do Fluminense para enfrentar o Boca Juniors na decisão da Libertadores

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Os prós e contras do Fluminense para enfrentar o Boca Juniors na decisão da Libertadores

Adversário tricolor tem problemas no ataque e um desfalque importante na defesa, mas conta com uma estratégia sólida e um goleiro heróico

Falta um obstáculo para o Fluminense conquistar a Libertadores. Na decisão do dia 4 de novembro, no Maracanã, o tricolor precisará superar o Boca Juniors, que eliminou o Palmeiras. Na final, a equipe terá um adversário paciente, e que conta com goleiro em grande fase, mas que também tem seus problemas, como um desfalque importante e uma deficiência ofensiva nesta campanha.

O Boca empatou os seus últimos dez jogos de mata-mata da Libertadores, portanto, todos na atual edição. Além disso, o time do treinador Jorge Almirón se tornou o primeiro a chegar à final ganhando disputas de pênaltis em todas as fases — oitavas (Nacional-URU), quartas (Racing-ARG) e semifinal.

— Não vejo mudança de estratégia. Até quando foi mal, manteve o 4-4-2, no qual libera muito os volantes. Não é uma equipe de ficar muito com a bola. É mais vertical, aproveitando o peso de um atacante como Cavani e do bom momento de Merentiel, um jogador chave nesta Libertadores — disse o sub-editor do Diário Olé, Diego Macias.

O tricolor encarou uma equipe de caráter semelhante: o Olimpia, nas quartas. O time paraguaio apostava em bolas longas e uma defesa compacta. Foi quando Diniz teve o clique de mandar a campo uma escalação ultra ofensiva, e tornou John Kennedy uma peça fundamental ao longo da campanha. É difícil imaginá-lo sendo reserva na partida que vale a taça do continente.

Uma boa notícia para o tricolor é que o adversário tem dificuldades no setor ofensivo: fez apenas 12 gols nesta edição — o mesmo número que marcou Germán Cano. Cavani só foi anotar seu primeiro gol na carreira em Libertadores na partida decisiva contra o Palmeiras.

Já no lado defensivo, o Boca não terá Marcos Rojo, zagueiro que é um dos líderes do elenco xeneize. Ele estará suspenso pelo cartão vermelho que recebeu no último jogo. Mesmo assim, Almirón tem um grupo caracteristicamente paciente, e já demonstrou saber fazer ajustes quando necessário.

— O substituto natural (de Rojo) é Nicolás Valentini, também inteligente, com bom jogo aéreo e muita personalidade. Mas não descartaria que, na sua ausência, (Almirón) pode acabar jogando com três defensores em vez de dois — projeta Gonzalo Suli, repórter do Olé, lembrando que isto já foi feito contra o Racing.

Principalmente, o que o Fluminense deve evitar são os pênaltis. O goleiro Sergio Romero foi determinante na classificação à final, quando defendeu duas cobranças na disputa no Allianz Parque. O histórico tricolor em confrontos de penalidades máximas no torneio não traz boas lembranças. Por isso, será fundamental que Diniz, Cano, Kennedy e companhia encontrem uma forma de definir a história dentro dos 90 minutos.

— O Boca joga com dois resultados: a vitória e o empate, já que tem ótimos cobradores de pênaltis e Romero vem salvando. Quem deverá se preocupar em não chegar aos pênaltis é o Fluminense — analisou Ramiro Scandolo, também jornalista do Olé.


Fonte: O GLOBO
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