Presidente Lula durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, onde fez balanço de quase três anos de governo - Foto: Secom (Alô Rondônia)
Porto Velho, Rondônia - O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira (18) que o Brasil vive um novo momento de crescimento econômico, inclusão social e fortalecimento institucional. Durante entrevista coletiva concedida no Palácio do Planalto, Lula fez um balanço de quase três anos de gestão e ressaltou que os resultados superaram as projeções feitas no início do atual mandato.
“Nós ganhamos as eleições para governar o Brasil. E para governar o Brasil, a gente tinha que ter em mente que a arte de governar é cuidar desse país e cuidar do povo brasileiro. E foi isso o que aconteceu”, afirmou o presidente.
Economia cresce, desemprego cai e renda avança
Ao apresentar os principais indicadores, Lula destacou que o país voltou a crescer acima de 3% ao ano, registrou a menor inflação acumulada dos últimos quatro anos e alcançou o menor nível de desemprego da história recente. Desde 2023, segundo o presidente, 4,9 milhões de empregos formais foram gerados, levando a taxa de desocupação ao menor patamar dos últimos 13 anos.
Outro ponto ressaltado foi o recorde da massa salarial e a melhora nas condições de consumo da população. “O dinheiro circulando vai para o comércio, do comércio ele vai para a indústria, da indústria ele gera emprego, e o emprego gera salário. Esse é o resultado de uma economia que funciona”, explicou Lula.
Brasil atinge menor nível de pobreza da história
No campo social, o presidente enfatizou a redução histórica da pobreza e o retorno do Brasil ao grupo de países fora do Mapa da Fome. Segundo Lula, a estratégia de ampliar a circulação de renda foi determinante para alcançar esses resultados.
“Pouco dinheiro na mão de muitos significa mais dignidade, mais consumo, mais oportunidades. Já muito dinheiro concentrado na mão de poucos gera miséria e exclusão”, declarou.
Articulação política e reforma tributária
Lula também destacou a capacidade de articulação política do governo com o Congresso Nacional, ressaltando que cerca de 99% da agenda econômica enviada ao Legislativo foi aprovada. Entre os avanços, ele citou a reforma tributária, considerada histórica por simplificar o sistema e torná-lo mais justo.
“O Congresso nunca teve tantas reuniões com ministros quanto agora. Tudo é discutido à luz do dia, com diálogo e transparência”, afirmou.
Novo PAC impulsiona infraestrutura e investimentos
Outro destaque do balanço foi o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo o presidente, cerca de 79% dos R$ 1,8 trilhão previstos já foram transformados em obras concluídas, em andamento ou contratadas.
Atualmente, o programa reúne 34,8 mil empreendimentos nas áreas de saúde, educação, transporte, cultura, sustentabilidade e infraestrutura, com investimentos previstos até 2030.
Isenção do Imposto de Renda e justiça fiscal
Lula também ressaltou a política de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, destacando que a medida busca maior equilíbrio tributário.
“O Brasil caminha para um sistema mais justo, onde não são apenas os trabalhadores e a classe média que pagam imposto”, afirmou.
Retomada do protagonismo internacional
Na política externa, o presidente celebrou o retorno do Brasil ao cenário internacional, com maior protagonismo em fóruns multilaterais e recordes no comércio exterior. O país também se consolidou como um dos maiores destinos de investimentos estrangeiros diretos.
“O Brasil voltou a ser respeitado no mundo. Hoje somos protagonistas, com recorde de exportações e produção agrícola”, disse.
COP30 e liderança ambiental
Lula destacou ainda a realização da COP30, em Belém, como um marco para a política ambiental brasileira, ressaltando o papel do país na transição energética e na preservação da Amazônia.
“Colocamos a Amazônia no centro do debate mundial e mostramos a capacidade do povo do Norte de sediar um evento global”, afirmou.
Debate sobre jornada de trabalho
Ao ser questionado sobre a escala 6×1, o presidente avaliou que o Brasil já reúne condições econômicas e tecnológicas para discutir a redução da jornada de trabalho.
“Reduzir a jornada significa mais qualidade de vida, mais tempo para a família e para estudar. A indústria, o comércio e a tecnologia permitem esse avanço”, pontuou.
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