Alero realiza ato “Por todas que não voltaram” e chama atenção para mais de 10 mil casos de violência contra a mulher em 2025

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Alero realiza ato “Por todas que não voltaram” e chama atenção para mais de 10 mil casos de violência contra a mulher em 2025

Servidores e cidadãos participam do ato silencioso nas escadarias da Alero em memória das vítimas de feminicídio - Foto: Thyago Lorentz l Secom ALE/RO

Porto Velho, Rondônia - Em um ato marcado por simbolismo, dor e resistência, a Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero), por meio da Procuradoria Especial da Mulher (PEM), promoveu nesta terça-feira (9) o movimento “Por todas que não voltaram”. A manifestação reuniu servidores e cidadãos nas escadarias do Parlamento para denunciar o avanço da violência contra a mulher no estado.

Deputada estadual Ieda Chaves nas escadarias do predio da Assembleia Legislativa de Rondônia - Foto: Divulgação

Ação simbólica para dar voz às vítimas

O ato, realizado em formato de “Flash Mob”, chamou a atenção de quem passava pelo prédio da Assembleia. Vestidos de preto e descalços, os participantes criaram uma intervenção silenciosa para representar as mulheres assassinadas e aquelas que ainda lutam para sobreviver.

A deputada estadual e procuradora especial da Mulher, Ieda Chaves (União Brasil), conduziu o momento e afirmou que a iniciativa é mais que um protesto:
“Não é um simples ato, é um grito coletivo, um chamado por respeito, por direitos e por justiça”, declarou.

A parlamentar reforçou que cada mulher vítima da violência deve ser lembrada e honrada:
“Cada passo que damos, cada luta que travamos, cada lei que defendemos tem o objetivo de impedir que outras histórias sejam interrompidas.”

Escadarias do prédio da Assembleia Legislativa de Rondonia Foto: Thyago Lorentz | Secom ALE/RO

Dados revelam cenário crítico

O movimento buscou sensibilizar a população com números que revelam a gravidade do problema. Segundo o Observatório de Segurança Pública da Sesdec, de 1º de janeiro a 3 de novembro de 2025 foram registradas 10.327 ocorrências de violência contra a mulher em Rondônia.

A procuradora Ieda Chaves destacou a realidade por trás das estatísticas:
“Esse número não é apenas uma estatística. Ele tem nome, tem rosto, tem dor. Cada registro representa uma mulher que precisou pedir socorro, proteção, acolhimento… e, muitas vezes, não encontrou a tempo.”

Mobilização da Procuradoria Especial da Mulher expõe dados alarmantes e reforça o combate ao feminicídio em Rondônia - Foto: Divulgação

Compromisso permanente

Como defensora ativa das políticas públicas de proteção, Ieda reiterou que seguirá trabalhando pela ampliação da rede de apoio e pela garantia de que “nenhuma mulher esteja sozinha”.

O ato foi encerrado com uma intervenção silenciosa e emocionante. Homens e mulheres vestidos de preto, com os sapatos ao lado, ergueram um coro uníssono:
“Violência não é destino. Violência é crime. Nenhuma a menos!”

Movimento denominado “Flash Mob” nas escadarias do prédio - Foto: Thyago Lorentz | Secom ALE/RO
 

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