Porto Velho, Rondônia - Lisboa amanheceu de luto nesta quinta-feira (4) após a confirmação de que 17 pessoas morreram no acidente com o Elevador da Glória, um dos bondinhos históricos mais conhecidos da capital portuguesa. O tombamento ocorreu na tarde de quarta-feira (3) e deixou ainda 21 feridos, três deles em estado grave, de acordo com as autoridades locais.
Entre os feridos há um brasileiro, segundo informou o consulado-geral do Brasil em Lisboa.
Dinâmica do acidente
O bondinho descarrilou por volta das 18h05 (14h05 em Brasília), quando descia em direção à Praça dos Restauradores, ponto turístico que conecta o centro ao Bairro Alto. Testemunhas relataram que o veículo perdeu o controle, atingiu a fachada de um edifício e acabou tombando.
A Polícia Judiciária confirmou que 15 vítimas morreram ainda no local, enquanto outras 23 foram socorridas e encaminhadas para hospitais da região. Duas delas não resistiram durante a madrugada, elevando o total de óbitos para 17.
O governo português decretou luto nacional em memória das vítimas.
Possíveis causas
As investigações iniciais apontam duas hipóteses: a ruptura de um cabo que conecta os dois bondinhos da linha ou falha no sistema de travamento do veículo. A Carris, empresa responsável pela operação, informou que a manutenção estava em dia e abriu um inquérito interno.
Além disso, outros três funiculares de Lisboa — os elevadores da Bica, do Lavra e da Graça — foram temporariamente suspensos para inspeções preventivas.
Quem são as vítimas
A polícia divulgou parte da lista de nacionalidades:
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4 portugueses
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2 alemães
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2 espanhóis
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1 coreano
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1 cabo-verdiano
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1 canadense
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1 italiano
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1 francês
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1 suíço
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1 marroquino
As identidades ainda não foram tornadas públicas.
História e importância do Elevador da Glória
Inaugurado em 1885, o Elevador da Glória transporta cerca de 3 milhões de passageiros por ano e é considerado um cartão-postal da cidade. O trajeto, de pouco mais de três minutos, conecta os Restauradores ao Miradouro de São Pedro de Alcântara, um dos pontos com vista privilegiada para o Castelo de São Jorge.
O sistema funciona em contrapeso, no qual o bondinho que desce ajuda a puxar o que sobe. Além do cabo, motores elétricos auxiliam na movimentação. Cada carro pode transportar até 42 passageiros.
Fonte: G1/ Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP
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