Porto Velho, Rondônia - O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) realizou neste domingo (21/9) mais uma etapa das Fiscalizações Permanentes na Saúde, visitando três unidades hospitalares administradas pelo Estado: o Hospital Infantil Cosme e Damião, a Assistência Médica Intensiva (AMI) e o Hospital de Base (HB). O objetivo das visitas é identificar problemas, acompanhar melhorias e garantir serviços de saúde mais eficientes à população.
Avanços na AMI
Na AMI, a fiscalização já trouxe resultados positivos. Uma reforma no necrotério, incluindo divisão adequada e pintura, melhorou a conservação e a qualidade do espaço, garantindo mais respeito aos pacientes e familiares. Além disso, foram disponibilizados insumos básicos, como toucas, gazes, compressas, aventais e luvas, que anteriormente estavam em falta.
A coordenadora adjunta da unidade, Midiã Quirino Roberto Rodrigues, destacou a importância do acompanhamento do TCE-RO:
“O Tribunal conhece nossa realidade e verifica nossas necessidades, garantindo que possamos trabalhar em prol da sociedade.”
O paciente Sérgio Campos Barbosa também elogiou a iniciativa, ressaltando a melhoria do atendimento.
Falhas críticas no Hospital de Base
No Hospital de Base, a fiscalização identificou falhas graves, principalmente no Centro Obstétrico e no Berçário. A ausência de escala de plantão e a insuficiência de profissionais comprometem a organização e a resposta às demandas.
A infraestrutura apresenta infiltrações, rachaduras e equipamentos improvisados, enquanto a falta de insumos básicos, como luvas e seringas, prejudica o cuidado aos pacientes.
A fisioterapeuta Ana Clécia enfatizou a relevância da fiscalização:
“Concordo com a fiscalização do TCE-RO para que mantenha tudo em ordem.”
A sobrecarga de atendimentos, causada pelo encaminhamento excessivo de pacientes de outras regiões, também foi destacada como um problema crítico.
Desafios no Hospital Cosme e Damião
No Hospital Infantil Cosme e Damião, foram observados avanços, como ventiladores mecânicos suficientes e manutenção regular de equipamentos. Problemas antigos, como goteiras, foram solucionados e não havia superlotação nos corredores.
Entretanto, a deficiência de pessoal permanece como desafio principal, gerando pressão sobre a equipe, dificuldade para planejar escalas e necessidade constante de plantões extras.
A fisioterapeuta Hismaylla Julien ressaltou o espaço de escuta proporcionado pela fiscalização:
“A fiscalização é muito boa, porque podemos relatar o que temos ou não de materiais, contribuindo para melhorias.”
Próximos passos
Os achados das fiscalizações serão compilados em relatórios técnicos com recomendações práticas, e o acompanhamento será contínuo. Segundo Régis Ximenes, secretário-geral adjunto de Controle Externo, o objetivo é monitorar constantemente o atendimento e as condições de trabalho, comunicando à Secretaria Estadual de Saúde para adoção de providências urgentes e melhorias efetivas.
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