Porto Velho, Rondônia – O governo de Israel afirmou ter realizado nesta terça-feira (9) um ataque aéreo contra membros da alta cúpula do Hamas reunidos em Doha, capital do Catar. A ofensiva, segundo o Exército israelense, foi conduzida pelo Shin Bet em parceria com a Força Aérea, utilizando munições de precisão.
O Hamas informou que cinco de seus membros morreram, incluindo o filho de Khalil Al-Hayya, principal negociador do grupo, mas que integrantes do alto escalão sobreviveram. Já o Catar relatou a morte de um membro de sua Força de Segurança Interna e ferimentos em outros integrantes.
O governo israelense disse ter informado previamente os Estados Unidos sobre o ataque, e que a ação foi "totalmente planejada e executada" por Israel, assumindo "responsabilidade total".
Reações internacionais
O Catar, que atua como mediador das negociações de paz entre Israel e Hamas, classificou a ofensiva como "violação flagrante das leis internacionais" e anunciou a suspensão temporária das mediações. O secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou o ataque uma "violação da soberania territorial flagrante". O Irã também criticou a ação.
Contexto
O ataque ocorre um dia após um atentado em Jerusalém que deixou seis mortos, reivindicado pelo Hamas. Em resposta, Israel prometeu intensificar sua ofensiva em Gaza, lançando nesta quarta-feira panfletos alertando civis para evacuarem a cidade.
O evento marca um aumento da tensão na região e traz questionamentos sobre a legalidade de operações militares em território de países terceiros, mesmo visando grupos considerados terroristas.
Fonte: Redação g1
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