Foto: Reprodução/ G1
Porto Velho, Rondônia - O presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, marcou para o dia 2 de setembro o início do julgamento da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
As sessões extraordinárias ocorrerão nos dias 2, 3, 9, 10 e
12 de setembro, sempre das 9h às 12h, com sessões adicionais das 14h às 19h nos
dias 2, 9 e 12.
Serão julgados o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros
sete integrantes do chamado núcleo 1 — apontado pela Procuradoria-Geral
da República (PGR) como o grupo central na articulação para manter Bolsonaro no
poder mesmo após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva.
Os réus são:
Anderson Torres (ex-ministro da
Justiça)
Augusto Heleno (ex-ministro do
GSI)
Braga Netto (ex-ministro da Casa
Civil)
Paulo Sérgio Nogueira
(ex-ministro da Defesa)
Almir Garnier (ex-comandante da
Marinha)
Alexandre Ramagem (ex-diretor da
Abin)
Mauro Cid (ex-ajudante de ordens)
No total, o processo tem 34 acusados. A PGR classifica
Bolsonaro como “principal articulador, maior beneficiário e autor” das ações
que buscavam romper o Estado Democrático de Direito.
Os crimes atribuídos incluem:
Organização criminosa armada
Tentativa de abolição violenta do
Estado Democrático de Direito
Golpe de Estado
Dano qualificado contra
patrimônio da União
Deterioração de patrimônio
tombado
As penas podem chegar a 43 anos de prisão.
O julgamento seguirá a ordem: voto do relator Alexandre de
Moraes, manifestação da PGR (2h), defesa dos réus (1h cada) e votos dos
ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Zanin. Há expectativa de que um
pedido de vista possa adiar a conclusão.
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