Rio Madeira atinge 3,27 metros e Marinha impõe novas regras para navegação em Porto Velho

Novidades

6/recent/ticker-posts

Rio Madeira atinge 3,27 metros e Marinha impõe novas regras para navegação em Porto Velho

Foto: Reprodução/ Leandro Morais/SMC

Porto Velho, Rondônia – O Rio Madeira registrou, na manhã desta segunda-feira (25), a cota de 3,27 metros, segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB). O nível está abaixo dos quatro metros e, devido à estiagem severa, a Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental publicou uma portaria estabelecendo novas regras de segurança para embarcações e comboios de balsas que circulam na região.

Entre as principais medidas, estão:

Uso obrigatório de embarcações de sondagem, que medem a profundidade do rio para indicar rotas seguras antes da passagem de comboios maiores;

Desmembramento de balsas em pontos críticos, evitando acidentes em áreas rasas ou estreitas;

Folga mínima de 0,50 metro entre a quilha e o fundo do rio, para reduzir o risco de encalhes;

Atenção redobrada na navegação noturna, diante da dificuldade de identificar obstáculos;

Presença obrigatória do comandante no passadiço, especialmente nos trechos mais perigosos;

Prioridade de passagem para comboios carregados que descem o rio, por terem menor capacidade de manobra.

Risco de paralisação do transporte fluvial

Navegação no rio Madeira em Rondônia — Foto: Thiago Frota/Rede Amazônica

A Marinha alertou que, caso o nível do Madeira baixe para menos de 2 metros, pode haver a suspensão total da navegação na hidrovia. Isso afetaria diretamente o transporte de grãos, combustíveis e outros produtos essenciais ao abastecimento da região Norte.

O Rio Madeira é uma das principais rotas de escoamento agrícola e industrial da Amazônia, ligando Rondônia e o sul do Amazonas aos portos de Itacoatiara (AM) e Santarém (PA). A redução drástica no volume de água pode gerar impacto logístico e econômico significativo.

Situação de estiagem extrema

A estiagem no Madeira tem sido monitorada por órgãos ambientais e de defesa civil. Em 2023, o rio chegou a registrar níveis históricos de baixa, e em 2025 o cenário já preocupa agricultores, transportadores e comunidades ribeirinhas.

De acordo com a Marinha, as restrições visam “assegurar a navegação de forma segura e confiável em meio ao cenário de estiagem” e permanecem válidas até que o nível do rio volte a subir.

Reactions

Postar um comentário

0 Comentários