Porto Velho, Rondônia - A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta segunda-feira (25) Cayo Lucas Rodrigues dos Santos, de 21 anos, em Olinda (PE), acusado de ameaçar o youtuber Felipe Bressanim Pereira, o Felca, e de lucrar com a venda de vídeos e fotos de vítimas de estupro virtual, inclusive material infantil.
A prisão foi comemorada pelo secretário da Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite, que destacou nas redes sociais:
"Além das ameaças, esse criminoso também comercializava material infantil nas redes."
Como as ameaças aconteceram
Felca, que soma mais de 5 milhões de inscritos no YouTube, denunciou em vídeo a exploração de crianças nas redes sociais. Após a publicação, recebeu e-mails com ameaças de morte e acusações falsas de pedofilia.
Em um deles, o suspeito escreveu:
“Você acha que vai ficar impune por denunciar o Hytalo Santos? Prepara pra morrer, você vai pagar com a sua vida.”
Por decisão judicial, o Google foi obrigado a fornecer dados que permitiram localizar Cayo, que estava em casa com outro homem no momento da prisão. O computador dele estava aberto na plataforma da Segurança Pública de Pernambuco — o que será alvo de investigação.
Segurança reforçada
Após as ameaças, Felca passou a andar de carro blindado e com seguranças particulares em São Paulo. Ele já vinha recebendo intimidações desde que criticou a atuação de influenciadores com apostas esportivas (bets).
No vídeo mais recente, intitulado “Adultização”, o youtuber denunciou práticas de exposição sexualizada de crianças em redes sociais e o incentivo de alguns pais a esse tipo de conteúdo, chamando atenção para o papel do algoritmo na disseminação desse material.
Alerta sobre exposição de crianças
Autoridades reforçam que o “sharenting” — quando pais compartilham fotos e vídeos dos filhos — pode facilitar a ação de criminosos.
"A imagem dos filhos pertence a eles, não aos pais. Postar conteúdo em redes sociais é entregar material de bandeja para predadores sexuais", alertou uma juíza ouvida pela reportagem.
Felca afirmou que, apesar dos riscos, seguirá com as denúncias:
"É terrível olhar essas cenas, mas sem essa gota, o oceano seria menor. Vale a pena fazer."
O caso segue sob investigação da Polícia Civil de SP.
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