Porto Velho, Rondônia – Chegar cedo à escola, atravessando estradas de chão batido e longas distâncias, faz parte da rotina de centenas de crianças da zona rural de Porto Velho. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Ermelindo Monteiro Brasil, os estudantes encontram não apenas aprendizado, mas também uma alimentação escolar reforçada, essencial para o desenvolvimento físico e cognitivo.
Merenda reforçada e lanche extra
Enquanto no passado os alunos contavam apenas com a refeição do intervalo, hoje a unidade oferece quatro refeições diárias, distribuídas entre manhã e tarde. Logo cedo, antes das aulas, os alunos recebem o lanche extra: vitaminas, batidas de açaí, frutas frescas e outras opções nutritivas que garantem energia e disposição.
A cozinheira Aldenira Ferreira, moradora da comunidade há 17 anos, acompanha o serviço diariamente. “Antes era só a refeição do intervalo, agora temos o lanche extra e isso faz toda a diferença. As crianças chegam, comem e entram em sala mais atentas, aprendem melhor e se sentem felizes”, relata.
Cardápio nutritivo e agricultura familiar
A escola atende 449 alunos com refeições que incluem arroz, feijão, frango, peixe, carne, saladas, frutas da estação e sucos. Grande parte dos alimentos é fornecida por agricultores familiares, fortalecendo a economia local e garantindo produtos frescos e de qualidade.
Impacto no desempenho escolar
Segundo o diretor Jhoel Lopes, a alimentação reforçada mudou a rotina da escola: “As crianças se sentem alegres e acolhidas. O cardápio bem estruturado refletiu no desempenho dos alunos: faltam menos, participam mais e estão mais atentos em sala. É um investimento que traz resultados reais na educação e no bem-estar da comunidade”.
Os próprios estudantes destacam a diferença. Maria Alice, 10 anos, percorre 15 km até a escola diariamente: “A comida ajuda a ficar mais atenta nas tarefas. Agora consigo aprender melhor”. Alexandre Silva, 11 anos, enfrenta 35 km de estrada: “A comida é muito boa. Quando começo a aula, aprendo melhor. A merenda ajuda mesmo a estudar”.
Apoio às famílias
Para muitas famílias, a merenda representa alívio no orçamento. Juciléia Oliveira, avó de Taísa, de 6 anos, diagnosticada com autismo leve, ressalta: “Desde que a alimentação foi reforçada, melhorou muito no aprendizado, junto com o apoio da professora. Além disso, ajuda muito no orçamento da família. É um cuidado que faz diferença”.
Educação com saúde e inclusão
Com turmas que vão da educação infantil ao 9º ano, a EMEF Ermelindo Monteiro Brasil demonstra que alimentação escolar e lanche extra são mais que nutrição: são ferramentas de inclusão, combate à fome e incentivo à permanência dos alunos na escola.
A professora Catarina Menezes, de Língua Portuguesa, complementa: “Está ótimo. Os alunos estão aprendendo mais, faltam menos e se sentem bem. O alimento é feito com amor, e isso reflete diretamente no ensino”.
Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)
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