Mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti — Foto: Freepik

Porto Velho, Rondônia - O estado de Rondônia confirmou as primeiras mortes por dengue e chikungunya em 2025, segundo boletim recente do Ministério da Saúde. As vítimas são duas mulheres, moradoras da cidade de Cacoal, e os casos despertaram preocupação nas autoridades de saúde pública, que reforçam a necessidade de vigilância e prevenção contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor das duas doenças.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Cacoal, a primeira morte ocorreu em fevereiro, envolvendo uma paciente de 51 anos, que deu entrada no Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal (Heuro) com sintomas de chikungunya e veio a óbito após o diagnóstico confirmado. A segunda vítima, uma idosa de 80 anos, morreu em março, também no Heuro, após apresentar sintomas de dengue.

Casos crescem em Rondônia

Até o momento, o estado já registra mais de 2.900 casos prováveis de dengue, sendo 151 deles confirmados apenas na capital, Porto Velho, conforme dados do Ministério da Saúde. Os casos de chikungunya também têm preocupado: desde janeiro, já são mais de 1.800 registros confirmados no território estadual.

Diante do avanço das infecções, a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) orienta que óbitos e casos graves devem ser comunicados às autoridades em até 24 horas, para que seja possível realizar o monitoramento epidemiológico e a investigação dos focos vetoriais com rapidez.

Entenda os sintomas

A dengue costuma apresentar um início súbito, com febre alta (acima de 38 °C), que dura de dois a sete dias, acompanhada por:

Dor de cabeça intensa;

Dores no corpo e nas articulações;

Prostração e fraqueza;

Dor atrás dos olhos;

Manchas vermelhas na pele;

Coceiras e erupções cutâneas.

Em casos mais graves, podem ocorrer dor abdominal contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramentos em mucosas, como gengivas ou nariz. Já a chikungunya se manifesta de forma semelhante, mas costuma causar dores articulares intensas e duradouras.

Ambas as doenças também podem ser assintomáticas ou leves, dificultando o diagnóstico precoce em parte dos casos.

Onde buscar atendimento?

A orientação do Ministério da Saúde é clara: qualquer pessoa que apresentar os sintomas deve procurar imediatamente uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para avaliação médica. O diagnóstico precoce e o início do tratamento adequado podem evitar complicações graves e até a morte.

Medidas de prevenção

A forma mais eficaz de combate à dengue e à chikungunya é a eliminação dos criadouros do mosquito transmissor, que se reproduz em água parada. A população deve adotar medidas preventivas simples, como:

Tampas em caixas d’água e reservatórios;

Limpeza frequente de calhas e ralos;

Descarte correto de recipientes que possam acumular água, como pneus, garrafas e vasos de plantas;

Uso de repelentes e roupas de manga longa, principalmente em áreas com surto;

Permitir o acesso de agentes de saúde às residências, para inspeção e orientação.

A Agevisa e as secretarias municipais intensificaram as campanhas de conscientização em todo o estado, especialmente em áreas com maior incidência das arboviroses.

As duas primeiras mortes por arboviroses confirmadas em Rondônia em 2025 são um alerta para o risco contínuo das doenças tropicais no estado, principalmente no período chuvoso, quando os criadouros se multiplicam com mais facilidade. A colaboração entre poder público e população é fundamental para reduzir os índices de infecção e salvar vidas.