Geada em SC, termômetros abaixo de -3ºC. — Foto: Mycchel Legnaghi/São Joaquim Online/Divulgação

Porto Velho, Rondônia - trazendo consigo a promessa de um comportamento climático mais próximo dos padrões históricos da estação. A previsão meteorológica para os próximos meses indica a ocorrência de temperaturas mais baixas e um regime de chuvas mais regular, contrastando com os invernos anteriores, que foram marcados por anomalias causadas por fenômenos climáticos como El Niño e La Niña.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), os primeiros dias da estação já serão marcados por chuvas e frio intenso em boa parte do país, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde podem ser registradas as menores temperaturas do ano nas capitais e áreas de altitude.

Características esperadas para o inverno de 2025

O inverno, que se estende até as 15h19 do dia 22 de setembro, é tradicionalmente caracterizado por dias mais curtos, menor incidência de radiação solar e temperaturas amenas ou frias, especialmente nas regiões sulinas. Segundo os meteorologistas, o inverno de 2025 deverá seguir esse padrão, com médias térmicas dentro da normalidade climática.

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, é comum que o inverno traga tempo seco e grande amplitude térmica – com madrugadas frias e tardes mais quentes. Já na região Sul, a previsão é de frequentes frentes frias e possibilidade de geadas, principalmente no interior do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no sul do Paraná.

No Nordeste, o inverno tende a ser menos impactante em termos de temperatura, mas poderá haver episódios de chuva em áreas litorâneas, principalmente entre os estados do Maranhão e da Bahia. Já na região Norte, embora as temperaturas permaneçam elevadas, o volume de chuva pode apresentar ligeira queda, favorecendo o avanço de massas de ar seco.

Transição climática e impacto dos oceanos

O fim do fenômeno El Niño, ocorrido no primeiro semestre de 2025, contribuiu para a estabilização das temperaturas oceânicas no Pacífico Equatorial, favorecendo a normalização do regime de chuvas no território brasileiro. A neutralidade climática deve persistir ao longo do inverno, sem grandes interferências dos principais sistemas atmosféricos globais.

Especialistas do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE) ressaltam que, com o retorno de condições neutras nos oceanos, espera-se um comportamento mais previsível da atmosfera, o que reduz o risco de extremos como secas prolongadas ou tempestades fora de época.

Alerta para a população

A Defesa Civil recomenda atenção especial durante o inverno, sobretudo nas regiões mais afetadas pelas baixas temperaturas. A população em situação de vulnerabilidade deve buscar abrigo, e medidas de proteção contra o frio extremo, como vacinação contra doenças respiratórias, também são incentivadas.

Além disso, com o tempo seco em diversas regiões, cresce o risco de queimadas e problemas respiratórios, exigindo cuidados com a saúde e com o meio ambiente.