Porto Velho, Rondônia - trazendo consigo a promessa
de um comportamento climático mais próximo dos padrões históricos da estação. A
previsão meteorológica para os próximos meses indica a ocorrência de
temperaturas mais baixas e um regime de chuvas mais regular, contrastando com
os invernos anteriores, que foram marcados por anomalias causadas por fenômenos
climáticos como El Niño e La Niña.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia
(INMET), os primeiros dias da estação já serão marcados por chuvas e
frio intenso em boa parte do país, especialmente nas regiões Sul,
Sudeste e Centro-Oeste, onde podem ser registradas as menores
temperaturas do ano nas capitais e áreas de altitude.
Características esperadas para o inverno de 2025
O inverno, que se estende até as 15h19 do dia 22 de
setembro, é tradicionalmente caracterizado por dias mais curtos, menor
incidência de radiação solar e temperaturas amenas ou frias, especialmente nas
regiões sulinas. Segundo os meteorologistas, o inverno de 2025 deverá seguir
esse padrão, com médias térmicas dentro da normalidade climática.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, é comum que o
inverno traga tempo seco e grande amplitude térmica – com madrugadas frias e
tardes mais quentes. Já na região Sul, a previsão é de frequentes
frentes frias e possibilidade de geadas, principalmente no interior do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e no sul do Paraná.
No Nordeste, o inverno tende a ser menos impactante
em termos de temperatura, mas poderá haver episódios de chuva em áreas
litorâneas, principalmente entre os estados do Maranhão e da Bahia. Já na região
Norte, embora as temperaturas permaneçam elevadas, o volume de chuva pode
apresentar ligeira queda, favorecendo o avanço de massas de ar seco.
Transição climática e impacto dos oceanos
O fim do fenômeno El Niño, ocorrido no primeiro
semestre de 2025, contribuiu para a estabilização das temperaturas oceânicas no
Pacífico Equatorial, favorecendo a normalização do regime de chuvas no
território brasileiro. A neutralidade climática deve persistir ao longo do
inverno, sem grandes interferências dos principais sistemas atmosféricos
globais.
Especialistas do Centro de Previsão de Tempo e Estudos
Climáticos (CPTEC/INPE) ressaltam que, com o retorno de condições neutras
nos oceanos, espera-se um comportamento mais previsível da atmosfera, o que
reduz o risco de extremos como secas prolongadas ou tempestades fora de época.
Alerta para a população
A Defesa Civil recomenda atenção especial durante o inverno,
sobretudo nas regiões mais afetadas pelas baixas temperaturas. A população em
situação de vulnerabilidade deve buscar abrigo, e medidas de proteção contra o
frio extremo, como vacinação contra doenças respiratórias, também são
incentivadas.
Além disso, com o tempo seco em diversas regiões, cresce o
risco de queimadas e problemas respiratórios, exigindo cuidados com a
saúde e com o meio ambiente.
0 Comentários