
Porto Velho, Rondônia - O Lyon foi rebaixado nesta quarta, 25, para a Ligue 2, após a Direção Nacional de Controle de Gestão (DNCG) da França considerar insuficientes as garantias financeiras apresentadas pelo clube.
O Lyon tem uma dívida estimada em 175 milhões de euros, cerca de R$ 1 bilhão.
A holding Eagle Football, que controla o clube, acumula mais de 500 milhões de euros em passivos, segundo a imprensa local. A direção afirmou que recorrerá da decisão, considerada “incompreensível”.
A medida provocou forte reação da torcida. Faixas foram espalhadas por Lyon com pedidos de saída do empresário americano John Textor, controlador do clube e também do Botafogo.
A principal organizada, Bad Gones, liderou os protestos nas ruas.
O ex-atacante Sidney Govou, ídolo do Lyon, criticou duramente a condução de Textor.
Em entrevista à imprensa francesa, afirmou: “Mais uma vez, John Textor nos enganou. Isso é inaceitável. Ele é um bom falador, sempre com belas palavras, mas no fim das contas, suas ações não acompanham o discurso.”
Govou também fez um alerta ao torcedor do Botafogo, que integra o mesmo grupo empresarial: “Em dois anos, Textor destruiu tudo. E que ninguém venha me dizer que era igual na época do Aulas […] Se o OL afundar amanhã, ele voltará para o Botafogo e fará as mesmas besteiras por lá.”
Na terça, 24, Textor e o diretor de futebol Mickaël Gerlinger participaram de audiência na DNCG para tentar evitar o descenso.
As medidas apresentadas não convenceram a entidade, que optou por oficializar o rebaixamento.
A situação pode impactar a composição das vagas europeias, já que Textor precisou vender sua participação no Crystal Palace para atender às exigências da UEFA, que proíbe múltipla propriedade em torneios continentais.
Diante da crise, a imprensa francesa especula que Textor pode se afastar temporariamente da gestão do Lyon.
Nomes como Michele Kang e o próprio Gerlinger são cotados para assumir a linha de frente nas negociações com a DNCG.
Fonte: O Antagonista
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