Porto Velho, Rondônia — Os líderes do G7
(Grupo dos Sete países mais industrializados do mundo) divulgaram, na noite de
segunda-feira (16), uma declaração conjunta pedindo a redução das
tensões entre Israel e Irã, após dias de intensos confrontos que resultaram em
dezenas de mortos nos dois países. A nota foi publicada durante a cúpula do
grupo realizada no Canadá, e destacou, entre outros pontos, que Israel “tem o
direito de se defender” diante da crescente crise militar.
“Afirmamos que Israel tem o direito de se defender”, diz o
documento divulgado pela agência AFP (Agence France-Presse).
Além disso, os líderes foram enfáticos ao reafirmar seu
compromisso com a não proliferação nuclear, afirmando que o Irã “nunca poderá
ter uma arma nuclear”. O texto também pediu que a resolução da crise leve a uma
desescalada mais ampla dos conflitos no Oriente Médio, com destaque para um cessar-fogo
na Faixa de Gaza.
Donald Trump deixa reunião mais cedo
Segundo informações da agência Associated Press (AP), o
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que também assinou a declaração, deixou
o encontro antecipadamente alegando “motivos óbvios”. Embora não tenha
detalhado os motivos, a saída de Trump ocorreu após os últimos desdobramentos
do conflito, que aumentam a pressão sobre os Estados Unidos na condução da
política externa na região.
“Eu tenho que voltar por motivos óbvios”, declarou Trump
antes de embarcar de volta aos Estados Unidos.
Conflito em escalada violenta
A tensão entre Irã e Israel se intensificou com ataques
mútuos nos últimos dias. Na madrugada de segunda-feira (16), mísseis iranianos
atingiram alvos em território israelense, resultando na morte de oito pessoas e
deixando mais de 100 feridos, segundo fontes oficiais israelenses.
Desde o início dos confrontos, na sexta-feira (13), 24
pessoas morreram em Israel e 224 no Irã, de acordo com balanços parciais
divulgados pela imprensa internacional.
Ao longo da segunda-feira, novas ofensivas israelenses
atingiram instalações estratégicas no Irã, incluindo uma emissora estatal de
televisão, onde uma funcionária morreu. Em outra operação, três socorristas
foram mortos em Teerã após ataques que visavam centros logísticos considerados
de apoio às forças iranianas.
Durante a noite, explosões foram novamente registradas na capital
iraniana, aumentando o clima de temor sobre uma guerra em larga escala.
Reações internacionais e riscos globais
O pedido de desescalada do G7 reflete a crescente
preocupação da comunidade internacional com a possibilidade de o conflito se
alastrar por toda a região. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas
(ONU), António Guterres, reiterou a necessidade de moderação imediata por parte
dos dois países, e pediu que todas as nações com influência regional atuem para
conter os avanços bélicos.
Países como Rússia, China e Turquia também se manifestaram
sobre os ataques recentes, criticando a escalada da violência e cobrando ações
diplomáticas urgentes para evitar uma catástrofe humanitária.
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