Decisão histórica da Justiça leva à saída imediata de Yoon Suk-yeol do cargo. // Reprodução/redes sociais

Porto Velho, Rondônia - A Justiça da Coreia do Sul confirmou nesta quinta-feira, 3, o impeachment do presidente Yoon Suk-yeol, que perde imediatamente o mandato.

A decisão unânime dos oito juízes do Tribunal Constitucional concluiu que Yoon violou gravemente a Constituição ao decretar lei marcial em dezembro de 2024, ultrapassando os limites de seus poderes e comprometendo a ordem democrática do país.

Segundo o presidente interino da Corte, Moon Hyung-bae, as ações de Yoon representaram uma “grave traição à confiança do povo”, e a imposição da lei marcial gerou “caos em todas as áreas da sociedade, da economia e da política externa”.

A medida, publicada oficialmente no fim do ano passado, suspendeu atividades políticas, restringiu liberdades civis e submeteu a imprensa e profissionais de saúde a ordens militares.

Com a destituição de Yoon, a Constituição sul-coreana determina que novas eleições presidenciais sejam realizadas no prazo de 60 dias. Até lá, o primeiro-ministro Han Duck-soo exercerá a presidência interinamente.

Em resposta à decisão da Corte, o presidente interino declarou estado de emergência para garantir a segurança pública e advertiu que não haverá tolerância com atos de violência. Um manifestante foi preso por quebrar a janela de um ônibus policial durante os protestos.

Milhares de pessoas acompanharam a decisão em frente ao prédio do tribunal em Seul, comemorando o resultado com gritos de “Vencemos!” e bandeiras nacionais. Muitos estavam acampados no local desde a véspera.

Yoon, que havia sido preso em janeiro e libertado em março, negou ter intenção de aplicar integralmente a lei marcial, afirmando que se tratava apenas de um “aviso político” para romper um impasse com o Congresso. No entanto, a Corte rejeitou essa alegação.

Em pronunciamento após sua destituição, o ex-presidente pediu desculpas à população por não corresponder às expectativas e afirmou que “sempre rezará pelo povo da Coreia do Sul”.

Fonte: O Antagonista