Ministro da Fazenda disse que houve "erro de interpretação" e prometeu corrigir texto. // Foto: Diogo Zacarias/M

Porto Velho, Rondônia - Um dia após O Antagonista noticiar que o presidente Lula (PT) vetou a isenção de impostos sobre fundos imobiliários (FIIs) e de investimentos nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros), em análise cujo título consta como Veto de Lula à isenção de fundos imobiliários preocupa investidores, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou a empresários do ramo da construção civil que o governo não tem a intenção de taxar os fundos.

Haddad teria dito que houve um “erro de interpretação“, além de prometer corrigir o texto da reforma tributária, segundo revelou o Estadão.

Aos empresários, o ministro afirmou que pretende reduzir prazos de emissão das Letras de Crédito Imobiliário (LCI), uma das principais fontes de recursos para o financiamento de casa própria.

Em 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) ampliou o prazo de LCIs de três meses para um ano. Como consequência, as captações reduziram pela metade.

O veto de Lula

Na véspera, o petista decidiu vetar o texto que isentaria a tributação.

Com a decisão, FIIs e Fiagros perderiam a isenção do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que são novos impostos da reforma tributária.

A cobrança de novas tarifas tem um impacto direto sobre o retorno financeiro aos investidores, já que fundos poderiam reduzir a distribuição de lucros aos cotistas e afetar o desempenho de empresas que dependem dos FIIs para financiar projetos imobiliários.

Segundo análise de Pedro Kazan, a indústria de fundos imobiliários, uma das mais procuradas por investidores em busca de rentabilidade e diversificação, está apreensiva com o veto de Lula.

“Em um momento em que o país busca recuperar, aos trancos e barrancos, sua atratividade para investimentos, especialmente os de longo prazo, a alteração repentina nas regras fiscais é avaliada por investidores, em particular internacionais, como sinal de instabilidade no ambiente regulatório do país; e naturalmente desencoraja investimentos“, diz trecho do texto.

Fonte: O Antagonista