
Rede se retrata após acusações falsas feitas por George Stephanopoulos; presidente eleito sai fortalecido. // Imagem: IA por Alexandre Borges
Porto Velho, Rondônia - A ABC News concordou em pagar 15 milhões de dólares a Donald Trump para encerrar um processo de difamação movido pelo presidente eleito dos Estados Unidos.
O caso envolvia declarações do âncora George Stephanopoulos, que afirmou ao vivo que Trump havia sido “considerado culpado de estupro” no julgamento civil movido pela escritora E. Jean Carroll.
No entanto, o júri no caso rejeitou a acusação de estupro e concluiu que Trump era responsável por abuso sexual, um detalhe jurídico ignorado nas falas do jornalista. O uso do termo errado gerou críticas e a abertura do processo.
Em março, durante o programa This Week, Stephanopoulos entrevistou a deputada Nancy Mace e, de forma insistente, repetiu que “juízes e dois júris diferentes” haviam responsabilizado Trump por estupro.
Pressão por revelações no processo judicial
A decisão da ABC de encerrar o caso com um acordo milionário ocorreu após a Justiça negar uma moção para arquivar o processo. O canal enfrentava a obrigação de liberar documentos internos e permitir que Stephanopoulos fosse interrogado, o que poderia expor falhas da emissora e prejudicar sua reputação.
Além do pagamento, a ABC cobrirá aproximadamente 1 milhão de dólares em honorários advocatícios de Trump e emitiu uma nota pública de desculpas. O texto foi anexado ao artigo digital sobre a entrevista que originou o caso e reconhece o erro: “A ABC News e George Stephanopoulos lamentam as declarações feitas sobre o presidente Donald J. Trump durante a entrevista com a deputada Nancy Mace em 10 de março de 2024.”
Especialistas jurídicos apontam que o valor do acordo reflete a gravidade do caso. Kurt Schlichter, advogado especializado em difamação, avaliou que a ABC corria o risco de ser condenada a pagar uma indenização de até nove dígitos caso perdesse o julgamento.
Erick Erickson, ex-representante legal de veículos de comunicação, afirmou que o acordo visava evitar o aprofundamento do processo de descoberta, que poderia revelar práticas editoriais problemáticas.
Um alerta à mídia tradicional
Para Trump, que retorna à Casa Branca em janeiro de 2025, o desfecho é uma vitória política e estratégica. O episódio reforça a percepção de que é alvo de perseguição pela grande mídia e envia um recado a outros veículos: mentiras contra ele não passarão impunes.
O acordo também ocorre em meio a um cenário de crescente desconfiança do público em relação à imprensa tradicional, frequentemente criticada por viés político.
Fonte: O Antagonista
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